Funcionário da Rede Record diz que a emissora está à beira de um colapso

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Sabrina Sato, nova contratada da Record com salário de R$ 1 milhão por mês
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O site Bastidores da TV recebeu uma denúncia ontem (17), informando que o clima não é dos melhores nas dependências da Rede Record de Televisão em São Paulo. A incerteza tomou conta dos funcionários e a emissora estaria à beira de um colapso.

Nosso informante que trabalha na emissora e não quis se identificar, diz: “As coisas por aqui estão muito confusas. Quarta-feira, 16 de abril, foram demitidos vários motoristas e agora as equipes da casa [Record] que serão poucas, atenderão apenas ao jornalismo ao vivo.”

“Os programas gravados serão atendidos pelas produtoras (New Vision e NINE), utilizando os serviços dessas empresas a Record poupa reclamações trabalhistas e evita problemas de horas extras, pois as equipes contratadas não tem limite de horas para trabalhar, o que para a empresa é muito interessante. Ainda tem mais, o mesmo profissional que atua como auxiliar de câmera tem que dirigir a Van.”, Completa o funcionário que não quis se identificar.

Ele ainda reclama sobre a desorganização das escalas de feriado: “Outro problema, as vésperas do feriado os funcionários de suporte as gravações ainda NÃO tem escala de feriado!”, finaliza.

O jornalista Daniel Castro informou na última quarta-feira (16), através de seu site “Notícias da TV”, que o complexo de estúdios RecNov estaria à venda.

Segundo o jornalista, a minissérie bíblica “Os Dez Mandamentos”, em 2015, poderá ser a última produzida no complexo de dez estúdios da Record, erguido sobre uma área de 280 mil metros quadrados em Vargem Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.

O motivo seria o prejuízo que a teledramaturgia dá à emissora: custa R$ 400 milhões por ano e fatura menos de R$ 100 milhões. Além disso, nos últimos dois anos as novelas não ultrapassam a marca de 6 pontos, ficando em terceiro lugar no Ibope. Há pouco mais de quatro anos os folhetins registravam médias de até 15 pontos, uma queda de 60%.

Segundo uma fonte na emissora, a Record investiu cerca de R$ 650 milhões na expansão do RecNov, que tinha apenas três estúdios em 2005. Mas o valor contábil do complexo é de pouco mais de R$ 300 milhões.

Bastidores da TV entrou em contato com a assessoria de comunicação da Rede Record para ouvir a versão da emissora, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.

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