Jornalista demitido pela Band durante tratamento de câncer faz desabafo na véspera do julgamento

Jornalista demitido pela Band durante tratamento de câncer faz desabafo na véspera do julgamento

MauricioA expectativa de Maurício Verfe da Fontoura e de sua família é compartilhada por milhares de pessoas que têm acompanhado o caso com indignação.

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Desde que foi demitido, Maurício, sua mulher e seu filho enfrentam grandes dificuldades, que só não são maiores devido à ajuda que eles têm recebido de amigos.

No último dia 27 de maio, o Bastidores da TV noticiou o caso em primeira mão. Entenda clicando aqui. 

Nesta quinta-feira (09), o momento tão aguardado. A Justiça irá decidir se o editor será reincorporado ao quadro de funcionários da emissora, com direito à utilização do plano de saúde que foi cortado pela Band, e se ele receberá indenização por danos morais, estimada em aproximadamente 500 salários mínimos.

Leia o desabafo que Maurício fez para o site “Conexão Jornalismo”:

“Quando cheguei na Band no dia seis de abril e a funcionária do RH me informou que eu estava sendo demitido, me passou um filme de terror pela cabeça, pois quando é que um profissional com uma doença grave vai imaginar que o ser humano que lida com você diariamente irá ter um ato tão frio e calculista?

Mas eu não sabia que seria tão ruim, tão tenso, ao ponto de faltar o básico em minha casa, afinal já se passaram 90 dias da demissão e, doente, com aluguel para pagar e um filho de um ano e onze meses, fica mais complicado ainda.

Graças a Deus tenho amigos, pessoas maravilhosas que se aproximaram de mim e que me ajudaram de uma forma incrível. Poderia até citar o nome de cada um aqui, porém, tomaria uma página inteira, pois foram várias pessoas, amigos com quem há muito tempo não falava, amigos que falo quase todos os dias, alguns só às vezes. Essas pessoas me ajudaram tanto, não só com ajuda financeira, mas principalmente no lado psicológico, com abraços e com palavras de força quando eu mais precisei.

Minha mulher se tornou um pilar de aço de uma ponte chamada vida. Ela foi fantástica como já tinha sido durante o período de quimioterapia. Sem ela poderia ter sido muito pior.

Agora minha ansiedade se resume ao próximo dia nove, esta quinta-feira. Estarei em reza, não para eu ganhar o processo e me dar bem, mas sim por justiça, afinal estou apto ao trabalho e é o que mais quero, voltar ao batente. Mas sabemos que ninguém empregará uma pessoa em tratamento de um câncer, por isso não tive outra opção a não ser a de recorrer aos meios judiciais e esperar por justiça.

Quero agradecer mais uma vez a todos que me ajudaram e me deram a oportunidade de estar aqui relatando os meus sentimentos neste momento. Uma das coisas que escrevi durante esse tempo e que descreve o meu sentimento é: Deus vê tudo!”

O julgamento do caso está marcado para às 9h40 desta quinta-feira (09), na 43ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do RJ.

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