Mais de 18 milhões de telespectadores podem ficar sem Record, Rede TV! e SBT a partir da próxima quarta-feira (29)

A situação entre Record, Rede TV! e SBT e as operadoras de TV por assinatura atingiu o ponto mais alto da então guerra pelos direitos de um lado e vantagem financeira do outro. Não é fácil mostrar o quanto a falta das três emissoras fará na programa das operadoras, mas vamos tentar aqui.

Na sexta-feira (24), Record, Rede TV! e SBT levaram ao ar uma mensagem informando aos telespectadores que vão retirar o sinal dos seus canais da NET, SKY, Claro, Vivo e Embratel. “Estas empresas se recusam a negociar os direitos de transmissão com Record, SBT e RedeTV!, ao contrário do que já fazem com grupos estrangeiros e até com emissoras nacionais”, diz a mensagem.

A partir do dia 29 de março, próxima quarta-feira, o sinal analógico em São Paulo será desligado. Aquela TV com chuviscos deixará de existir definitivamente para dar lugar ao sinal digital. O sinal continuará gratuito na TV aberta, mas na TV paga as operadoras, agora, devem pagar pelo sinal. Ela faz isso com os canais internacionais e alguns nacionais. A pergunta é qual o motivo de Record, Rede TV! e SBT não receber por isso? Aí está o embate.

São 18,9 milhões de assinantes de TV por assinatura no país, segundo a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura). A Simba, “joint-venture” criada pelas três emissoras para representá-la nesta discussão e para outros projetos afirma que os telespectadores não serão prejudicados porque o sinal na TV aberta continua gratuito.

Se as negociações entre os canais e as operadores de TV não chegar a um acordo até a próxima quarta-feira, o sinal será cortado. Quem quiser ver Marcelo Rezende, Luciana Gimenez e Silvio Santos terão que sair da TV paga e ficar na TV aberta.