“Pensei em me jogar de um prédio”, diz Datena sobre dívida; Jornalista comentou sobre a possibilidade de ser prefeito de SP


O jornalista José Luiz Datena participou do programa “A Tarde É Sua”, nessa quinta-feira (23), por telefone, e comentou sobre sua possível candidatura à Prefeitura de São Paulo. Datena disse que foi sim, procurado por duas siglas partidárias e que conversou sobre a possibilidade de ingressar na carreira política, no entanto, deixou bem claro que, por enquanto, nada o tira da apresentação do “Brasil Urgente”, na Band.
Sonia perguntou se Datena vai mesmo concorrer ao cargo público, mas o jornalista disse que há uma possibilidade sim, embora seja remota. Ele afirmou ainda, que qualquer cidadão pode disputar um cargo político no Brasil, inclusive ele.
“Minha possível candidatura abre espaço para qualquer cidadão de bem se candidatar a um cargo político em nosso país” ressaltou Datena afirmando que para isso, é importante ser idôneo e honesto diante de um trabalho que lida com o dinheiro público. “Eu procuro ser um sujeito honesto em tudo que faço. Quando saí da Record e fiquei devendo uma grana pros caras, houve quem veio me dizer pra deixar o processo protelar na justiça e não pagar, mas eu preferi pagar a dívida. A multa é de R$ 23 milhões e eu perdi quase tudo pra pagar isso. Vendi casa de praia no Guarujá, carro e imóveis que comprei com meu dinheiro honesto e suado, do meu trabalho, mas preferi pagar”, explicava Datena quando a ligação caiu.

O jornalista foi recolocado no ar enquanto o diretor da atração, Elias Abrão, irmão da apresentadora, dizia que a entrevista com Datena estava rendendo bons números de audiência, mas que não poderiam ser falados no ar.
Ao vivo, novamente, Datena voltou a explicar sobre a honestidade do gestor público e seu acordo com a Record para quitar a dívida milionária. “Perdi tudo! Carro, casa, grana. Pensei em me jogar do alto de um prédio. Tive que pedir parte do dinheiro da Band pra pagar a multa”, comentou.
Indagado pela apresentadora sobre qual seria a primeira medida, caso ele se candidatasse à prefeitura e ganhasse, Datena foi enfático: “Primeiro que eu não sou candidato a nada. Que fique bem claro. Essa é uma questão hipotética e remota, mas respondendo sua pergunta como cidadão, eu não me aliaria com esses bandidos que estão no poder. Já é um passo ser honesto, sabe? Não me aliaria ao diabo pra me candidatar a cargo nenhum. Temos que ser honestos pra tirar esse bando de vagabundos que tem dentro da prefeitura e do Estado. Temos que tentar moralizar esse sistema público. O sujeito tem que ser destemido se não, não dá o primeiro passo na vida”, esbravejou Datena.

Sobre o que fazer na cidade, o possível candidato e jornalista afirmou que a solução é consultar quem entende das necessidades. “É se basear no que o povo quer. Senão você acaba tomando atitudes de baixo pra cima, que não satisfazem o povo. O cara toma medidas de outros países e quer fazer de São Paulo uma Nova Iorque”, pontuou.
Sobre as ciclovias, Sonia perguntou o que ele faria como cidadão. Datena respondeu que a medida de Fernando Haddad, atual prefeito de São Paulo, é querer transformar SP em uma cidade de ciclistas. “Como você pode pintar uma faixa de bicicletas sem perguntar ao povo e multar o cidadão que precisa entrar na garagem? O PT [Partido dos Trabalhadores, de Fernando Haddad] imaginou as ciclovias pra uma cidade que não tem espaço”, disse. Sobre o trânsito de São Paulo, Datena afirmou que segue sendo um caos e as ciclovias “espremem” ainda mais o cidadão. “Não pode mudar uma cidade, do tamanho de São Paulo, do dia pra noite se achando popular. O Haddad é um bom rapaz, mas não é popular. São Paulo tem outras prioridades que não são as ciclovias que tem por aí”, comentou.

Em relação aos radares das marginais paulistas, Datena disse que “Haddad gastou um bilhão de reais pra fazer com que os motoristas andassem a 50 km/h e isso é perigoso para os motoristas. Agora ele vem dizendo que se a medida não der certo, pode voltar atrás. Mas já gastou uma grana com isso. Esse rapaz é ate bem intencionado, mas não é do ramo”, destacou o apresentador da Band que emendou: “Eu estou falando como cidadão e até agora ninguém em convenceu de deixar de ser apresentador para ser prefeito. Eu já tenho uma definição e quando me deram as alternativas propícias para mudar, eu mudo. Hoje eu não sou candidato a coisíssima nenhuma. Todo cidadão tem direito a ser candidato à qualquer cargo político desse país. Qualquer um pode aparecer. Isso não significa que seja eu no meio do caminho”, finalizou Datena.
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