Premiação de R$ 1,5 milhão do “Big Brother Brasil” está entre as três as mais altas do mundo

Premiação de R$ 1,5 milhão do “Big Brother Brasil” está entre as três as mais altas do mundo

O vencedor da 22ª edição do Big Brother Brasil vai levar para casa R$ 1,5 milhão como prêmio, além de outros valores que receber durante as provas do programa. Esse valor final não muda desde 2010, o último ano em que a Rede Globo revisou a premiação ao primeiro colocado. Apesar disso, a edição brasileira continua sendo uma das que mais pagam ao vencedor no mundo, perdendo apenas para as edições dos Estados Unidos e da Holanda. Ou seja, mesmo não acompanhando a inflação, o programa continua pagando alto.

Desde que estreou em 2000, o BBB passou por várias mudanças e o prêmio final mudou algumas vezes. No início, por exemplo, o vencedor recebia apenas R$ 500 mil e poucos prêmios durante algumas provas do programa. Esse valor acabou subindo até 2010, quando se fixou em R$ 1,5 milhão. Porém, é inegável que os participantes ganharam mais privilégios durante o confinamento, com muitos patrocinadores oferecendo carros, produtos de beleza e até mesmo serviços gratuitos por longos períodos.

Entretanto, se tirarmos os pequenos prêmios, o valor em disputa no BBB é de R$ 1,5 milhão. Um número que coloca a edição brasileira entre as que mais pagam bem, segundo levantamento do blog Betway Insider. O Big Brother dos Estados Unidos paga ao vencedor R$ 3,9 milhões, enquanto o campeão na Holanda leva para casa R$ 2,9 milhões. A quantia brasileira aparece na terceira posição, superando por pouco as premiações da Austrália, da Itália e da Alemanha.

O curioso é que em alguns países, como Portugal, a premiação do reality é bem baixa. A pessoa que vence fica com pouco mais de R$ 147 mil na conta, um valor que faz muita gente questionar a experiência. Entretanto, isso não é bem assim, pois a pessoa que participa do programa pode fazer muito sucesso depois, seja nas redes sociais ou até mesmo de outras maneiras. Por isso, mesmo com valor baixo, muitas pessoas se interessam em participar no país europeu.

Sem acompanhar a inflação

Apesar de ter uma das maiores premiações do mundo, o BBB continua tendo um valor que não acompanha a economia brasileira. A equipe da Betway, site de apostas no BBB, fez um levantamento mostrando qual seria o real valor do prêmio, caso ele acompanhasse a inflação desde 2010. O montante final fica em R$ 3 milhões, mais que o dobro da premiação real. Isso significa que o poder de compra do vencedor deste ano será menor de quem ganhou 10 anos atrás.

Isso não deve fazer a Rede Globo mudar a premiação, pois o interesse pelo programa só aumentou nos últimos anos. Além disso, a presença de muitas celebridades nas três últimas edições mostrou que o R$ 1,5 milhão não é o mais importante. A exposição durante a edição acaba fazendo diferença, e pode valer o mesmo que a vitória.

Em entrevista para a revista Forbes, o participante do BBB 21, Gil do Vigor, contou que recebeu mais de R$ 15 milhões desde que deixou o programa. Apenas com uma campanha para um banco, logo após ser eliminado, o pernambucano ganhou R$ 2 milhões. Ou seja, a premiação do BBB fica para trás.

Outros reality shows

A verdade é que os programas da categoria reality show não costumam pagar valores altos aos participantes, seja aqui no Brasil ou em outros países. Por exemplo, o reality A Fazenda, que passa na TV Record, tem como prêmio final o mesmo valor do BBB: R$ 1,5 milhão. Nos Estados Unidos, as premiações também não passam dos R$ 5 milhões, um valor pequeno se olharmos para a economia do país norte-americano.

O sucesso das pessoas com as redes sociais mudaram a importância de participar desses programas, e a exposição acaba valendo mais financeiramente que o prêmio final. Ou seja, muitas pessoas entram visando ter uma imagem mais pública, e não apenas ganhar o programa. É claro que vencer é uma garantia de sucesso, mas perder não é o final da história, sobretudo no lado financeiro.

A premiação do BBB 22 será a mesma de 2010, mas isso não desanima nenhum dos participantes que estão lá. O programa mudou nesses últimos anos, e o valor pode não ter acompanhado a inflação, mas continua sendo alto, o terceiro maior do mundo.

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