Record é condenada a pagar indenização à atriz que teve a casa apedrejada após reportagem

A Justiça de São Paulo condenou a Record a pagar uma indenização para a atriz Tânia Regina, por ter sofrido ofensas e ter tido a casa apedrejada, após uma reportagem ter ido ao ar.
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Na matéria, que foi exibida pelo “Balanço Geral“, em 2021, a filha adotiva da atriz, que tinha na época 46 anos, buscava contato com algum familiar biológico. Com a ajuda da própria Tânia, foi possível encontrar um irmão que morava na África do Sul.
No entanto, o título da reportagem: “Filha adotiva de atriz acusada de sequestro descobre que tem um irmão”, causou problemas à artista.
Segundo o “UOL“, o desembargador Alexandre Coelho afirmou em sua decisão que a Record distorceu fatos e indicava que a criança era agredida pela atriz.
“A edição da reportagem não esteve de acordo com os ditames do código de ética do jornalismo. Dar a entender a todos os telespectadores, em nível nacional, que a atriz seria a responsável pelos sofrimentos da pessoa que adotou é informação inverídica que agrediu a sua honra e dignidade”, declarou.
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Tânia fez a adoção após flagrar a menina sendo agredida pela mãe biológica, mas na matéria que foi ao ar, deu a entender que a atriz seria a agressora.
Em sua defesa, o canal afirmou que não teve intenção de prejudicá-la.
“O relato refere-se ao período anterior à adoção e, para se chegar a esta conclusão, basta a mera visualização da reportagem. A matéria deu ênfase à nobre e heróica atitude da atriz em adotar a menina, provavelmente lhe poupando um destino trágico”, argumentou.
Foi decidido que a Record pagasse o valor de R$ 20 mil à Tânia Regina. A emissora ainda pode recorrer da decisão.