Viviane Araújo comenta papel em “Rock Story”: “Ninguém me via como mãe”

Sempre lembrada por sua alegria nos desfiles de Carnaval à frente das baterias das escolas de samba Salgueiro (no Rio) e Mancha Verde (em São Paulo), Viviane Araújo está mostrando em “Rock Story”, trama das 19h d a Globo, que seu lado atriz também veio para ficar marcado na memória dos espectadores. De Naná, a animada manicure de “Império”, para Edith, a dançarina que abre mão da carreira pela família, o público está acompanhando a versatilidade da musa.
Recebendo o retorno positivo dos telespectadores da novela diariamente, a atriz não esconde o sentimento de realização com o novo trabalho. “Fico muito feliz de poder estar fazendo parte disso. Nas ruas e, principalmente, nas redes, a resposta é imediata. Mal o capítulo sai, as imagens já estão na internet”, comenta.
Em sua primeira atuação como mãe, Viviane está vivendo uma situação completamente nova para ela, que não tem filhos. “Ninguém me via como mãe, e o povo está até surpreso de me ver como a Edith e mãe de dois galalaus. Mas estou adorando, me sinto supermãe deles. Gosto de dividir um carinho, um afeto. Antes de começar a gravar, a gente se abraça, se beija. O marido (o ator Thelmo Fernandes) vem, dá um beijinho e me chama de mulher. É bem família mesmo”, explica ela, que, ano passado, expressou no palco no Domigão do Faustão o desejo de ter filhos.
Segundo a vencedora da edição 2015 do Dança dos Famosos, a inspiração para o papel não veio de uma mãe específica. Ela queria que a Edith representasse as diversas figuras maternas que existem, mas não deixa de lembrar de sua própria mãe, dona Neusa, que, assim como sua personagem, deu duro para criar os filhos.
“Minha mãe foi muito mãezona mesmo, sempre lutou e trabalhou fora. A Edith não trabalha fora, mas dá duro também. Ela é um pouco de todas as mães que estão por aí, não quis ter um único exemplo. Não tenho alguém que tenha pensado assim: ‘Essa aqui vai ser a Edith'”, diz.
Diferentemente de sua personagem, uma quituteira de mão cheia que faz doces para encomenda, a atriz conta que gosta de cozinhar, mas só faz o básico. E quando o assunto são os docinhos, Viviane não é muito ligada a eles. “Eu gosto de chocolate, de brigadeiro. Às vezes eu como, mas eu não sou aquela pessoa que não vive sem doce. Graças a Deus, não sinto falta.”
Nem a receitas típicas das festas de fim de ano mudam a cabeça de Vivi. A única exceção à regra são as rabanadas de dona Neusa: “Às vezes, quando me dá uma vontade, eu peço para minha mãe fazer de pão normal, até fora do Natal”.
Além do papel de matriarca e das habilidades na cozinha, a ex-morena do Rebola Embola e Viviane se diferenciam também no visual. Quando a mãe de Tom (João Vitor Silva) e Vanessa (Lorena Comparato) é vista pelas ruas da Glória, com suas madeixas morenas, está sempre com acessórios discretos, bem diferentes do que estamos acostumados a ver em Viviane, principalmente nas passarelas do samba, quando desfila loira e cheia de brilhos.
“Sinto falta de um brilho, que eu adoro! Um brincão grande, uma bijuteria bacana. Mas estou amando o cabelo. Acho que super combinou. O cabelo loiro era extensão, não era no meu cabelo direto que eu jogava o loiro. Então, dava para mudar bastante sem que o cabelo natural sofresse tanto. O meu cabelo mesmo é enrolado e castanho escuro. Era cheião, meio panterona”, lembra.