“É uma sensação de morte”, diz cantor Lucas Lucco sobre depressão

O sertanejo Lucas Lucco comentou na manhã desta quarta-feira (11), no “Encontro”, sobre a depressão e a síndrome de pânico que enfrentou. No fim do ano passado, o cantor revelou ter passado por dificuldades ao ponto de ter que usar remédios “para conseguir voar, dormir, acordar e para me manter calmo”.

“As coisas foram acontecendo e quando eu vi já estava desse jeito. Comecei a faltar show, gravações e a não conseguia sair de casa. É uma doença. É difícil de expor, explicar. Parece que ninguém te entende. Por mais que as pessoas tentem definir o que está acontecendo com você, é muito pior. Hoje, estou bem. Sempre fui um cara emotivo. Sou de uma família de muita fé. Comecei a cantar na igreja. Quando eu comecei a cantar na música, fiquei um pouco distante de Deus”.

Durante a conversa, Lucco admitiu que é muito exigente, que se cobra demais: “Sempre fui muito exigente e faço o máximo que posso em tudo. Isso me consumiu muito”. Segundo a psiquiatra Fátima Vasconcellos, a doença é séria: “O pânico é ter medo de ter medo”. Em seguida, o cantor relembrou uma crise: “Fui proibido de dirigir um mês. Tinha medo de chegar alguém com uma arma na minha cabeça. Um dia, eu precisava fazer um show em Curitiba, que era a gravação do DVD, e cheguei no aeroporto do Rio para viajar, mas olhei a escada do avião e não fui. Achei que fosse cair”.