Coluna: Ayrton Senna – O símbolo de uma época nobre.
Olá, queridos leitores! A TV Nobre a partir de hoje, começa a série de “temas nostálgicos” com vídeos, aberturas e instrumentais. O TVN de hoje está de arrepiar! O tema é sobre um nobre pela sua grandeza e importância, uma lenda das pistas de Fórmula 1, dono da melhor volta de todos os tempos, das melhores e mais espetaculares ultrapassagens, o homem que triplicou a audiência da Rede Globo nas manhãs de sábado e domingo nas décadas de 80 e 90, que conquistou fãs no mundo todo, que deu ao narrador Galvão Bueno a alegria em narrar suas corridas e que fez explodir a alegria, a união e orgulho de ser brasileiro em nossos corações.
“Lá vem ele na ponta dos dedos, Ayrton, Ayrton, Ayrtoon Senna do Brasil!”

Na época que Ayrton Senna começou a voar nas pistas da Europa, a Rede Globo pensou em acompanhar Senna, pois os críticos diziam que ele prometia ser um grande nome na “Fórmula 1” e isso para eles seria garantia de audiência já que brasileiros como Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet eram respeitados no país e muito pelo investimento da Globo no esporte automobilístico. A primeira transmissão da Rede Globo com Senna foi pela categoria “Fórmula Ford”.
O IBOPE começou a analisar que no período das corridas nos domingos, a audiência da “emissora dos Marinho” pelas manhãs e quando tinha corridas a tarde, triplicavam. Madrugadas chegavam aos dois dígitos com facilidade e as explicações se baseavam em apenas um nome: Ayrton Senna.
Nenhum outro piloto, de qualquer lugar do mundo, conquistou tantos telespectadores como ele. Senna mobilizava as famílias para a TV seja qual fosse o horário da corrida, ali o povo sabia que Senna na pista era sinônimo de espetáculo mesmo largando no último lugar. Pessoas que não gostavam de automobilismo, começaram a acompanhar o “mago das pistas” nos Grandes Prêmios. Mais que isso, começaram a se emocionar a cada curva, a cada reta e a cada bandeira quadriculada. Entretanto, Senna não limitava apenas em ser um piloto de corrida. Ele era, também, preocupado com as dificuldades sociais do nosso país, era patriota com orgulho e não como alienado, o “Instituto Ayrton Senna” é prova disso.

“Vamos Senna, larga bem Senna, disparou ali na ponta!” e assim a emoção de Galvão Bueno contagiava a todos. Senna e Galvão Bueno formaram a melhor dupla do automobilismo, melhor até que Senna e Prost. Eram narrações de arrepiar porque as corridas eram de arrepiar, como se Galvão estivesse no carro com Ayrton. A emoção do narrador era também a nossa e com o “Tema da Vitória” o nosso domingo era simplesmente espetacular. “Depois desta curva, Aponta Senna! Vem pra reta, vai pra vitória! Mihaly Hidasy! Ayrton, Ayrton, Ayrton Senna do Brasil!”.
Sua morte causou imensa tristeza no Brasil e no mundo. Homens, mulheres e crianças em todo o mundo choraram pela tragédia em Imola. O mundo e não só o Brasil, perdeu um herói. Até hoje, se alguém do exterior perguntar de qual país você é natural, diga que você é do país do Senna, e fica tudo certo.
Trecho de um documentário sobre Ayrton Senna: “1994, nunca vou esquecer Suzuka aquele ano. A atmosfera daquele lugar. Senna não estava mais lá. Estava lotado como sempre. Um pouco antes da largada surgiu um helicóptero pintado com as cores do capacete de Ayrton, e o helicóptero fez uma lenta volta em todo o circuito a cerca de 100 metros do chão. Em cada curva ele parava e se curvava. Eu vou te dizer, foi eletrizante, absolutamente eletrizante. Não se ouvia outro som. Foi um dos momentos mais emocionantes que já testemunhei no automobilismo. A coisa mais extraordinária”. Nigel Roebuck – Correspondente de F1.

A maior homenagem que você pode fazer para um ser humano, mesmo quando ele já morreu há muito tempo, é lembrar sempre dele.
Com emoção encerro a “TV Nobre” de hoje, mas semana que vem tem mais “temas nostálgicos”. Forte abraço, pessoal. Mais informações sobre a TV Brasileira? Fiquem tranquilos, vou estar pertinho de vocês!
Sigam-me no Twitter: @Paulo_Carvalho5

