Coluna: Mulher brasileira objeto? Não!

Coluna: Mulher brasileira objeto? Não!

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Durante décadas, a imagem da mulher brasileira foi vendida ao mundo de uma forma pejorativa e sempre relacionada ao sexo fácil. Muito da construção dessa imagem equivocada se deveu à produção musical tupiniquim made in Bahia, leia-se “É o Tchan”, entre outros grupos de axé, que com a conivência de mulheres pouco preocupadas com a própria imagem, e sim com foco na fama, status e dinheiro, jogaram a bunda na cara do mundo sem pudor nem filtro, via mídia inescrupulosa, aliada às gravadoras multinacionais, ávidas também pelo vil metal, pelo lucro fácil. Assim, criou-se e vendeu-se a imagem da mulher brasileira objeto.

O Brasil virou rota do turismo sexual, com consequências graves até hoje. Para se ter uma ideia, na última quarta-feira, dia 18, dois cidadãos Croatas, que vieram ao Brasil para a Copa do Mundo, se acharam no direito de tentar agarrar, na marra, à força, duas brasileiras, acompanhadas de seus maridos, no Aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Os maridos, óbvio, reagiram e o caso foi parar na delegacia. Uma das mulheres é oficial da marinha e a outra administradora de empresas. E pior: eles não são exceção. Muitos gringos tem a “ideia” de que é só pegar e levar. O fato nos revela uma triste realidade de uma imagem equivocada, que será difícil de ser desconstruída.

Será necessário muito trabalho do governo e, sobretudo, muita postura das mulheres para mudar esse cenário. Desde cedo, a sexualidade foi explorada de forma equivocada e criminosa pelos veículos de comunicação, como já disse, por muitas gravadoras multinacionais que, em busca de dinheiro fácil, apostaram na beleza e na sensualidade da mulher brasileira numa embalagem bonita, como mapa da mina. Um crime cometido contra a infância, contra o presente e contra o futuro. Mais ainda, contra toda a sociedade brasileira.

 

Por Fabio E. Monteiro
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Fabio E. Monteiro – Facebook

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