“Babilônia” perde 18 capítulos devido à baixa audiência
A direção da Rede Globo decidiu na última sexta-feira, 8 de maio, encurtar a novela “Babilônia”.
Projetada para ter 161 capítulos, o folhetim vai acabar no 143º episódio, de acordo com o jornalista Daniel Castro, do site “Notícias da TV”. Ao lado de Em Família (2014), será a quarta novela das oito ou das nove mais curta dos 50 anos da Globo _só terá mais capítulos do que Anastácia (1967), com 125 episódios, Sangue e Areia (também de 1967), com 135, e Sol de Verão (1982), com 137.
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A trama de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenez Braga perderá três semanas no ar. O último capítulo, que seria apresentado em 18 de setembro, será veiculado agora 28 de agosto. O motivo do encurtamento é a baixa audiência. Com média de 25 pontos na Grande São Paulo, Babilônia tem o pior ibope das 20h/21h desde que a Globo assumiu a liderança, na virada dos anos 1960 para os 1970.
Os trabalhos de “A Regra do Jogo” (ex-Favela Chic), de João Emanuel Carneiro, foram acelerados. Com a estreia marcada agora para 31 de agosto, a novela começará a ser gravada nas próximas semanas. Recém-egressa de Alto Astral, a atriz Giovanna Lancellotti teve que cancelar uma viagem de férias. Terá apenas uma semana de folga. Começa a trabalhar na semana que vem.
Executivos da Globo confirmam a redução de Babilônia, mas não consideram certo dizer que a produção foi encurtada, uma vez que novelas, por serem obras abertas, só ficam prontas quando terminam. Mas o fato é que havia uma previsão de 161 capítulos para Babilônia. Poderia ser extendida, como aconteceu com Império (203 episódios) e com Amor à Vida (221), mas se optou pelo abreviamento.
Nas últimas semanas, a Globo lançou uma ofensiva para recuperar Babilônia. Após pesquisas detectarem rejeição ao excesso de mau-caratismo e de realidade na novela, a primeira providência foi evitar que Alice, personagem de Sophie Charlotte, virasse prostituta. Ela se tornou uma mocinha mais tradicional, para compensar a falta de empolgação do público com Regina (Camila Pitanga).
A novela também teve mudanças de ordem moral. Beatriz, que seria uma “devoradora” de homens, passou a se relacionar apenas com um amante. Bombardeados por parlamentares evangélicos, beijos entre duas senhoras lésbicas, interpretadas por Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, ficaram restritos ao primeiro e terceiro capítulos. E o personagem de Marcos Pasquim, Carlos Alberto, que seria um “gay enrustido”, não teve sua homossexualidade desenvolvida na história _ele será heterossexual.
Com as alterações, a trama teve uma leve melhora nos índices de audiência, saltando de 24 para 27 pontos de média semanal. Porém, continua sendo uma média baixa para o horário. Sua antecessora, “Império”, registrava médias de 33 pontos no mesmo período. Cada ponto equivale a 67 mil domicílios na Grande São Paulo.
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