“Eu nunca pensei que teria câncer de mama”, diz repórter da Globo

Elaine Bast, repórter e ex-correspondente da Globo em Nova York, relatou a luta que enfrentou contra o câncer de mama no ano passado, o choro no dia do diagnóstico, a retirada bilateral do seio e o alívio ao receber a informação que estava curada da doença. O depoimento da jornalista ocorreu na manhã desta quinta-feira (28) durante participação no “Encontro com Fátima Bernardes”.
De acordo com informações do UOL, Elaine recebeu o diagnóstico de câncer de mama um dia após ter feito uma reportagem para o “Jornal Nacional” sobre o exame de mamografia que ajuda a identificar a doença, aumentando então as chances de cura da paciente.
“Na verdade, a mamografia não dizia que eu tinha câncer, mas mostrava que tinha alguma coisa errada. Depois eu tive que fazer a biópsia, e na biópsia veio a confirmação que realmente eu estava com câncer de mama. Eu nunca pensei que teria câncer de mama na minha vida, porque não tenho casos na minha família. Eu tive dois filhos, amamentei, me alimento bem”, ressaltou a jornalista. “Pelas regras da Organização Mundial da Saúde (OMS), eu nem deveria fazer a mamografia porque eles recomendam a partir dos 50 anos. E eu tenho 42. Nunca passou pela minha cabeça ter que enfrentar essa doença”, disse ela.
A jornalista afirmou que chorou e só pensou nos filhos ao receber o diagnóstico. “Quando eu vi o resultado, obviamente eu fiquei muito triste. Você chora, pensa nos filhos pequenos, quero vê-los depois de completarem os 18 anos. Não entendia o que estava acontecendo comigo. Mas quando sentei com o médico, e ele falou ‘disso você não vai morrer’. Depois que ele me falou, eu consegui prestar atenção em qualquer coisa que ele falava, porque eu estava tão nervosa, que precisava ouvir isso. Quando você começa a entender o que você tem, você começa a criar forças para lutar”, contou Elaine.
A repórter optou por fazer a cirurgia da retirada bilateral da mama e já foi dada como curada da doença.
