Ex-diretor do “Domingão” diz que mulher cometeu suicídio por causa de assédio de Faustão

Alberto Luchetti Neto, ex-diretor do “Domingão do Faustão” acusou Fausto Silva de cometer assédio moral, culminando no suicídio de uma funcionária.

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O profissional, de 70 anos, contou que a tragédia foi abafada pela Globo. Além disso, Luchetti revelou que Faustão humilhou outros funcionários, que chegaram a ser demitidos.

“Tinha costume de esculhambar a produção no ar e de pedir desculpa no particular. Criticava o trabalho em rede nacional. O que ele fazia com o Caçulinha era de chorar! Ele o humilhava, dizia que ele não sabia tocar (teclado), que era ultrapassado. Falou tanto que a Globo tirou ele”, disse em entrevista à “Veja”.

“Por exemplo, uma moça, de tão perseguida por ele, tomou remédio e cometeu suicídio. Foi uma desgraça que a Globo tentou esconder por todos os meios. Eu já estava fora. Ela estava tão desesperada, ele humilhou tanto ela, que um dia ela tomou remédio, foi dormir e não acordou mais”, lamentou.

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Quanto à saída de Fausto da Band, o ex-diretor pontuou que já era uma tragédia anunciada.

“Isso é uma irresponsabilidade dele e da cúpula da Band, de colocar um programa diário, no horário nobre, achando que o Faustão tinha o dinheiro da Globo. Ele achava que o dinheiro era dele, mas não. Tanto é que entrou um oportunista no lugar do Fausto, o Luciano Huck, e o dinheiro está lá do mesmo jeito. Quem tem a audiência e o dinheiro é a emissora. Ele não levou nem um, nem outro”, opinou.

“Aí na Band, sem estrutura, precisou fazer 60 em três meses. A probabilidade de dar errado era de 100%. Por isso, digo que é irresponsabilidade dele e da cúpula da Band. Ele não vai ter a vida financeira afetada (com a demissão), mas estamos falando em 300 demissões! Quem deveria ser demitido são os diretores que concordaram em pagá-lo. Não havia estrutura para isso ali”, completou.