Coluna: É chato, mas a TV fala de política diariamente, e você nem percebe!

Coluna: É chato, mas a TV fala de política diariamente, e você nem percebe!

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Para a maioria, o assunto é “mala”. Nem no boteco é agradável, mesmo rolando conversas entre uma cerveja e uma beliscada no petisco. Quando o tema “política” aparece na televisão, a audiência dos canais cai, principalmente, na exibição do horário eleitoral gratuito. Uma pena isso acontecer, visto que o presente e o futuro de todos nós, brasileiros, são decididos a partir da escolha que fizermos dos candidatos a cargos públicos. Quase ninguém assiste à campanha na TV nem mesmo aos debates com os presidenciáveis e com os concorrentes aos governos estaduais promovidos pelas emissoras. O controle remoto sofre de tanto trabalhar.

Propaganda eleitoral vira piada
Propaganda eleitoral vira piada

Estranho ouvir de antenados, de descolados, de estudados, de muita gente, que a questão não é de interesse, sendo que ela deveria ser sempre primordial. “Não gosto de política” é a frase mais popular em qualquer tentativa de diálogo seja no momento das eleições seja antes ou depois delas. No entanto, com outras nomenclaturas, falamos disso muitas vezes ao longo do dia, só que talvez nem percebamos. A cobertura jornalística, da qual faço parte, tem a missão de prestar esse serviço ao público e alertá-lo dos fatos relacionados às decisões do Executivo e do Legislativo das três instâncias – nacional, estadual e municipal. Poderia mostrar como é a linha editorial de vários telejornais para dar exemplos, mas o (a) convido, ilustre leitor (a), a uma reflexão.

O primeiro turno do pleito acabou. O segundo está chegando. E, logo, logo, termina essa chatice, não é mesmo? Afinal, seus programas prediletos na televisão mudam de horário e você é obrigado a ver um show de horrores de promessas e frases de efeito, que são inacreditáveis. Será um alívio. Contudo, quem respondeu sim à minha dúvida ali de cima vai ganhar uma sonora e altíssima negativa, porque no jornalismo diário, cobrir política, em função de informar ao cidadão seus direitos e deveres na “pólis”, é um exercício constante. É um conteúdo melindroso, cheio de detalhes, de análises, de nomes, de leis, de articulações, de egos, de políticos. Interesses que conduzem a sua vida, todavia não mexem com suas preocupações no travesseiro.

O jornalismo cobre os episódios e os bastidores do período eleitoral. Depois, mostra os vitoriosos das urnas, o desenrolar das coligações entre os partidos, a escolha dos ministros, dos secretários, dos presidentes das estatais, a felicidade dos suplentes que assumirão as vagas de quem foi promovido a funções estratégicas. Na virada do ano, a posse dos eleitos para os cargos majoritários. Em seguida, a diplomação de senadores, deputados, vereadores. Após 100 dias do início do mandato, as realizações do presidente da república, do governador, do prefeito. Em quatro anos, o jornalista está atento às propostas, aos debates nas comissões parlamentares, às falcatruas, às medidas provisórias, às novas leis aprovadas, às CPIs, às mudanças sociais, econômicas, culturais que ocorrerão devido às ações dos políticos. Parece uma atividade intensa, porém estou me lembrando de pouquíssimas pautas possíveis.

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Constantemente, os telejornais do SBT, da Globo, da Record, da Band, da Rede TV!, da TV Brasil, das emissoras afiliadas às principais, daquelas com alcance regionalizado, todas as TVs acompanham o destino do nosso voto em suas programações. Se a nossa preferência foi certa ou errada, é a que assistiremos nos próximos capítulos desta novela chamada REALIDADE.

Obrigado pela companhia e pela audiência em minha coluna. Se perdeu a da semana passada, clique aqui.

Um forte abraço,

Juliano Azevedo

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