Coluna: Fantástico – De fantástico só o nome

Coluna: Fantástico – De fantástico só o nome

Colu

O “Fantástico”, programa das noites de domingo da Rede Globo, estreou em 5 de agosto de 1973. Ao longo desses 40 anos, passou por diversas transformações, tanto em conteúdo quanto apresentadores e repórteres. É evidente que, até hoje no ar, é o queridinho da emissora carioca; e mesmo com tantos altos e baixos ainda persiste no canal.

Em 1977, Glória Maria substituiu Fátima Bernardes no comando do dominical. Pedro Bial foi um dos apresentadores na época
Em 1977, Glória Maria substituiu Fátima Bernardes no comando do dominical. Pedro Bial foi um dos apresentadores na época

Pois bem, atualmente sob a apresentação de Renata Vasconcellos e Tadeu Schmidt, o “Fantástico” encontra-se no seu pior momento, com uma audiência instável, longe dos índices alcançados anos atrás, e o mais drástico: a qualidade da atração piora a cada domingo. Tradicional por exibir matérias de cunho social, investigativas, celebridades e comportamento, a revista eletrônica hoje chega a dar sono até aos mais tradicionais, que não mudam de canal nem sob tortura.

A concorrência do “Domingo Espetacular”, da Rede Record, trouxe uma certa instabilidade na Globo, que passou a ver seus índices despencarem cada vez mais e sua liderança sendo ameaçada pela concorrente, que não dorme no ponto na busca por matérias polêmicas, que fixem os telespectadores. Como exemplo, claro, em pleno domingo o “Fantástico” chegou a registrar 15 de média no Ibope contra 14 da atração da Record, durante seu confronto direto.

            Atualmente, o “Fantástico” é apresentado por Renata Vasconcellos e Tadeu Schmidt
Atualmente, o “Fantástico” é apresentado por Renata Vasconcellos e Tadeu Schmidt

Talvez nessa turbulência tenha perdido de vez o foco e transformado sua linha editorial numa verdadeira maratona de constantes tentativas de acertos. Porém, o que vemos é a falta de um planejamento e estratégia suficientes para agarrar o público em frente à TV.

O programa precisa buscar uma identidade, com matérias bem elaboradas, polêmicas, divertidas e, acima de tudo, exclusivas, como era o “Fantástico” de antes. Equipe capacitada, infraestrutura e verba têm de sobra. Talvez uma dose de ousadia pode trazer novamente a revista eletrônica, que era o assunto nas rodas de conversas do dia seguinte…

O programa em si continua bom, mas certos ajustes na preparação de conteúdo podem resgatar a vontade do telespectador em sintonizar na Globo e assistir um programa com tanta tradição na TV brasileira.  E você, acha que o “Fantástico” precisa de uma reformulação? Conta pra gente.

Até a próxima!

 

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Twitter: @Anderson_reges

 

 

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