Coluna: Fantástico – De fantástico só o nome
O “Fantástico”, programa das noites de domingo da Rede Globo, estreou em 5 de agosto de 1973. Ao longo desses 40 anos, passou por diversas transformações, tanto em conteúdo quanto apresentadores e repórteres. É evidente que, até hoje no ar, é o queridinho da emissora carioca; e mesmo com tantos altos e baixos ainda persiste no canal.

Pois bem, atualmente sob a apresentação de Renata Vasconcellos e Tadeu Schmidt, o “Fantástico” encontra-se no seu pior momento, com uma audiência instável, longe dos índices alcançados anos atrás, e o mais drástico: a qualidade da atração piora a cada domingo. Tradicional por exibir matérias de cunho social, investigativas, celebridades e comportamento, a revista eletrônica hoje chega a dar sono até aos mais tradicionais, que não mudam de canal nem sob tortura.
A concorrência do “Domingo Espetacular”, da Rede Record, trouxe uma certa instabilidade na Globo, que passou a ver seus índices despencarem cada vez mais e sua liderança sendo ameaçada pela concorrente, que não dorme no ponto na busca por matérias polêmicas, que fixem os telespectadores. Como exemplo, claro, em pleno domingo o “Fantástico” chegou a registrar 15 de média no Ibope contra 14 da atração da Record, durante seu confronto direto.

Talvez nessa turbulência tenha perdido de vez o foco e transformado sua linha editorial numa verdadeira maratona de constantes tentativas de acertos. Porém, o que vemos é a falta de um planejamento e estratégia suficientes para agarrar o público em frente à TV.
O programa precisa buscar uma identidade, com matérias bem elaboradas, polêmicas, divertidas e, acima de tudo, exclusivas, como era o “Fantástico” de antes. Equipe capacitada, infraestrutura e verba têm de sobra. Talvez uma dose de ousadia pode trazer novamente a revista eletrônica, que era o assunto nas rodas de conversas do dia seguinte…
O programa em si continua bom, mas certos ajustes na preparação de conteúdo podem resgatar a vontade do telespectador em sintonizar na Globo e assistir um programa com tanta tradição na TV brasileira. E você, acha que o “Fantástico” precisa de uma reformulação? Conta pra gente.
Até a próxima!
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