Coluna: Mariah Carey traz um disco muito elegante e Ariana Grande chama a atenção
Mais uma edição do MUSIC S.A chegando nesta semana bem recheada. Confira!

SOFISTICADO E LONGE DE SER COMERCIAL, NOVO DISCO DE MARIAH CAREY É MADURO E CHEIO DE REFERÊNCIAS
Essa crítica é do ponto de vista de nós, meros ouvintes humanos…
O novo álbum de uma das artistas com maior potencial vocal das últimas décadas chegou finalmente às lojas para delírio de todos os milhares de seguidores da musa.
Longe de produzir um material comercial, cheio de pop house, eletro e letras chicletes, Mariah segue na contramão de todas as outras cantoras do mainstream que apostam fortemente no que é comercial.
A cantora trouxe um disco que permeia por diversas vertentes, mas sempre com sua personalidade bem impressa nas canções. Da disco music ao velho e tradicional hip hop, Mariah trouxe também um pouco da música eletrônica, mas tudo isso muito bem posicionado, longe das métricas da maioria dos produtores hitmakers da atualidade.
Seus últimos trabalhos em singles que não decolavam nem com toda força do mundo; eram chatos, entediantes e pouco chamativos; eu não colocava muita fé nesta produção de Mariah, ainda mais por ela ter que buscar uma recolocação na indústria aos 44 anos de idade e, ainda mais, quando se é um artista mainstream com um padrão de vendagens tão alto como ela. Mas eis que a diva trouxe uma obra com bastante do que verdadeiramente ela sabe bem fazer e com baladas menos radiofônicas e mais sinceras.
Óbvio que há faixas dispensáveis no disco, que fazem você achar que já escutou a mesma canção no álbum, como é o caso de “Dedicated”. Como uma das melhores surpresas do disco, “You Don’t Know What To Do” traz uma balada bem trabalhada na disco music, fazendo referência à Donna Summer, na melhor intenção, é claro. “One More Try” (cover do George Michael) é metricamente bem produzida e de destaque ao meu ver. “Cry.”, responsável por abrir o disco, é um arroz com feijão básico de Carey e nem agrega e nem faz falta, apenas consta no disco. ‘Camouflage’ é a canção que traz a boa fórmula de Mariah, bem ao estilo dos vocais que ela consegue chegar com facilidade. “Supernatural” chega com os vocais dos filhos de Mariah (moda hoje em dia na música), mas nada de muito mais especial que isso. “Meteorite” vem com qualidade dos arranjos inquestionáveis e cada elemento surte o efeito esperado, onde Mariah entoa um dance com reflexos noventistas, leve e extremamente elegante. Totalmente distante do pop house que ainda se perpetua pelas rádios e sem toda aquela farofa que algumas fazem por aí…
Mas o destaque de verdade vem com um dos melhores momentos vocais do disco: “Heavenly” é a melhor música do disco sem contestações. Traz uma grandiosidade lírica e arranjos e produção impecáveis. Torcendo para ser o próximo single!
Pelo conjunto da obra, Nota 8,5.

ARIANA GRANDE APRESENTA UMA GRANDE MÚSICA
Não conhecia essa artista e nem tinha a pretensão de conhecer, mas, com todo o alarde que ela vem causando na mídia, fui conferir seu mais novo trabalho, intitulado ‘Problem’. A canção abre os trabalhos do novo álbum da cantora, ainda sem data de lançamento, e é o oitavo melhor lançamento digital da história dos Estados Unidos. Atualmente a música encontra-se na segunda posição da parada de singles dos EUA.
Realmente tenho que reconhecer que Ariana tem um talento vocal, mas o que pude conferir é que ainda não é muito utilizado. A carreira da artista está sendo trilhada mais na área comercial, com o pop dance marcante nas rádios e paradas musicais.
O single é muito bem produzido, gostoso, ótimo para festas e baladas. Uma grande música. Nota 8.

