Coluna: O Vídeo sem o Show

Coluna: O Vídeo sem o Show

souTelespectadorOlá leitores do “Bastidores da TV”! É com muito orgulho que integro essa equipe de sucesso. Estou chegando para somar! Sou Leonardo Ribeiro e a partir de hoje escreverei na Coluna “Sou Telespectador”. A Coluna irá abortar com uma visão critica da nossa TV atual. Semanalmente iremos debater sobre o que está no ar nas diversas Redes do Brasil. Espero contar sempre com o prestígio e opinião de todos vocês, afinal de contas bons telespectadores é o que somos. Trago na estreia da nossa coluna um ponto de vista sobre as várias mudanças sofridas pelo Vídeo Show nos últimos anos, como será que o público está vendo esse novo formato do programa? Vamos lá!

 

Desde o último dia 06, o Vídeo Show sofreu mais uma mudança considerável em seu formato. Agora com a apresentação de Otaviano Costa e Monica Iozzi, o vespertino da Rede Globo passou a ser ao vivo, consequentemente tornou-se mais dinâmico, além de trazer de volta Cissa Guimaraes e Miguel Falabella considerados grandes ícones da atração. Tais alterações não surtiram efeitos positivos, além da queda na audiência o programa vem perdendo a liderança no horário para o SBT e para a Rede Record.

O “Vídeo Show Ao Vivo” não é tão novidade assim. Em 2009 a emissora já havia apostado neste formato, na época apresentado por um número interessante de apresentadores, eram eles: André Marques, Geovanna Tominaga, Luigi Baricelli, Fiorella Mattheis e Ana Furtado o programa havia ganhando um ritmo diferenciado, até então desconhecido do grande público.

Em 2013, outra mudança radical na atração: Após anos no comando do Fantástico, Zeca Camargo é escalado para “salvar” o Vídeo Show. O que já era ruim ficou ainda pior, o programa se tornou uma espécie de “Talk Show vespertino”, ganhou até plateia. A audiência despencou, o Vídeo Show ficou totalmente descaracterizado. Na época Otaviano Costa começou a ganhar destaque na atração comandando o game “8 ou 800” e fazendo reportagens interessantes  sempre com pitadas de humor. Logo o trabalho de Otaviano foi reconhecido e ele assumiu o comando do programa, com isso Zeca Camargo acabou sendo rebaixado ficando com a incumbência de viajar o mundo produzindo matérias nos bastidores de algumas TVs internacionais.

Foi muito feliz a atitude de Boninho, diretor de núcleo do Vídeo Show, em escolher os apresentadores da atual temporada do programa. A dupla é bastante descontraída e consegue fazer graça entre uma matéria e outra. Otaviano nunca esteve tão bem profissionalmente, em seu currículo substituiu Luciano Huck no instinto “H” da BAND e teve uma passagem pouco relevante pela Record, conseguiu entrar na Globo por meio das novelas e aos poucos ingressou nos programas de entretenimento da emissora carioca.

Monica Iozzi iniciou sua carreira na TV no programa CQC (Custe o que Custar) na BAND, sendo ela a única repórter mulher da atração. Sempre com humor negro e rápida nas piadas, Iozzi surpreendeu ao deixar o programa e pousar em 2014 de paraquedas na Rede Globo como comentarista do Big Brother Brasil . A moça nunca escondeu que seu maior desejo seria focar na sua carreira de atriz, conseguiu! Atualmente ela é Scarlett na novela das sete “Alto Astral”. Sua paixão pela dramaturgia é tão forte que ela pretende deixar o comando do Vídeo Show em breve para continuar atuando em futuros projetos.

Apesar de formarem uma boa dupla, está faltando um pouco de afinação e contenção de ânimos entre Iozzi e Costa. Às vezes esbravejam ao mesmo tempo sem necessidade, incomodando o telespectador. Otaviano Costa se empolga e rasga muita seda para as estrelas globais. Nada que pequenos ajustes não resolvam esses exageros desnecessários. Outros pontos negativos podem justificar a queda de público do Vídeo Show, como por exemplo, a entrada de “fofocas leves” das celebridades e o quadro “nada haver” do Marcelo Serrado, uma verdadeira mistura de nada com coisa nenhuma.

Merece destaque o ótimo quadro de Cissa Guimarães, com sua sensibilidade e carisma consegue boas entrevistas com artistas interessantes. Um grande acerto! Mesmo com várias mudanças, a direção do programa não pode descartar a essência do Vídeo Show que se caracterizou com o passar dos anos em mostrar os bastidores dos programas, falhas nas gravações das novelas e o vasto e rico arquivo da emissora. Apenas reprisar episódios da “Escolinha do Professor Raimundo” ou compactar novelas de sucesso em cinco capítulos não irá reverter à situação.

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