Coluna: Processo de seleção para participar do “Teste de Fidelidade”
Nossa! Como a semana passou rápido! Parece que foi ontem que vocês descobriram como funciona uma reunião de pauta no SBT. A propósito, deixe-me aproveitar este espaço para agradecer a cada um que prestigiou, elogiou, criticou e compartilhou a coluna da semana passada, que foi muito bem acessada. Agradeço a confiança e nem pensem em me deixar na mão. Conto com vocês.
Não se lembra do último texto publicado por mim aqui no Bastidores? Então o acesse, clicando AQUI.
Lembrando que as notícias postadas nessa coluna não condizem 100% com a realidade. Mas, por conta disso, não emburre. Desfaça este semblante carrancudo e abra o sorriso lindo que você tem. Venha se divertir comigo. Sigam-me os bons!
Está na hora de mudar de ares e abordar um assunto que poucos de vocês conhecem. Por conta disso, trago-lhes em primeira mão tudo sobre o processo de seleção para participação no “Teste de Fidelidade”. Uma experiência única na minha vida que resolvi contar a vocês.
Tudo ocorreu no ano passado, o dia não lembro ao certo, mas posso garantir que ficou guardado na memória. Cheguei em casa depois de um dia exaustante, troquei de roupa, fiz um lanche e me estirei no sofá. Zapeando pela TV, deparei-me com um “telebarraco”, uma novela mexicana, um programa policial, filmes e séries. Tédio demais. Foi então que fiquei parado diante da TV, em êxtase, perante o melhor programa que já havia visto em toda minha vida, intitulado “Teste de Fidelidade”. O apresentador era um show a parte e a plateia gritava horrores, principalmente nos casos de adultério retratados que acabaram por me tirar o fôlego. Foi nesse instante que me vi participando do programa.
Meu relacionamento de três meses estava desgastado por conta da rotina e, pior, eu suspeitava de que ela estivesse me traindo com o vizinho. Tudo bem que não estávamos juntos há muito tempo, não havíamos noivado e nem assumido algo mais sólido, mas mesmo assim isso não era motivo para um adultério. Sem pensar duas vezes, inscrevi-me no “Teste de Fidelidade”.
No dia seguinte, retornaram-me o contato e disseram que minha história havia interessado a produção. Resultado? Pedi licença do trabalho para o meu chefe, com o intuito de poder gravar, e fui a RedeTV. Chegando lá, fui muito bem recepcionado, no camarim havia água mineral, pão puma com manteiga e suco de saquinho. Alimentei-me e guardei um pouco de comida em minha tupperware, afinal, não sabia que horas a gravação iria acabar. Depois fui ao banheiro com o objetivo de estar totalmente preparado para começar a gravar.
Logo quando retornei, o diretor me chamou para uma conversa particular:
– Primeiro, muito obrigado por entrar em contato com a produção para participar.
– Obrigado digo eu.
– Pois bem! Sua história de vida nos chamou a atenção. Tudo bem que não é a melhor que já abordamos, mas visto a escassez…
– Como?
– Nada, nada… Bom, optamos por produzir um programa contando sua trajetória, mas…
– Ok! Mas o quê?
– Remodelamos alguns detalhes de sua vida. O roteiro está aqui. Sei que a entrega foi demorada, mas eu lhe garanto: ficou perfeito.
– Roteiro? Mas eu não vou me prestar a isso. Que história é essa que minha vida não é o suficiente?
– Desculpe-me. Expressei-me de forma errônea. Você realmente tem um relacionamento dificultoso. Só que, convenhamos, ele é muito recente.
– Recente? Cara, são três meses de intensa paixão, brigas, tapas, edredom rolando, copo quebrando, beijos, apontamento de defeitos… Nosso amor é forte.
– Cara, sinceramente, você está errado. Vejo relacionamentos desgastados todo dia e o seu é estável. Se quiser participar, beleza, ou então fica para outra oportunidade.
– Não! Quero participar sim. Aceito o roteiro.
– Que bom! Deixa eu te apresentar uma pessoa. Esta aqui é a Suzanne. Ela é modelo e atriz. Suzanne irá representar sua namorada durante o programa.
– Pra que isso? Eu já tenho namorada, não precisa.
– Eu vi a foto de sua namorada e, acredite, ela não vai agradar ao público.
– Então tudo não passa de um teatro? E dos piores?
– Você acha? Quem te disse isso?
– Não precisa me dizer… É notável!
– Não, querido, isso aqui é arte. Você não deve acreditar, mas essa é a primeira vez que nos prestamos a esta “farsa”.
– Ah tá, sei!
– Já chega! Se quiser participar, participe. Caso contrário, retire-se. E antes de sair deixe os pães que estão em sua mochila no camarim.
– Eu vou embora é agora! E pode deixar, eu tenho índole, seus pães estarão na mesa.
– Quer saber? Você que saiu perdendo um excelente cachê de R$ 80,00. Ele vai acabar sendo depositado na conta de outro.
– Cachê? Mas você não me disse nada disso. Cadê o roteiro? Me deixe estudar, estou super atrasado!
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