Coluna: Quando o dinheiro dos evangélicos fala mais alto!

Semanas atrás, postei uma coluna sobre a invasão das igrejas evangélicas na TV aberta e esta semana vejo a notícia, aqui no Bastidores da TV, que a rede de canal CNT, sediada no Paraná, vendeu vinte e duas horas da sua programação para a Igreja Universal do Reino de Deus. Sim, aquela igreja presidida por Edir Macedo, dono da Rede Record.
Eu me pergunto: cadê o governo federal para barrar essa transação que praticamente foi uma compra de concessão pública? Para quem não entende muito bem, vou explicar: toda TV aberta no Brasil é uma concessão pública e ela não pode ser repassada a terceiros sem autorização das autoridades responsáveis. Até existe uma lei da década de 60 que proíbe que qualquer TV possa transmitir mais de 25% de publicidade ou vender sua programação para terceiros, porém, como todos nós sabemos, vivemos no Brasil, e lei por lei, fica por isso. Legal, né?

É lamentável que a TV aberta esteja caminhando para este fim. A cada dia que passa, os pastores conseguem acabar com as emissoras menores do nosso país e, como já dito antes, quem perde é você, telespectador, pois assim teremos menos espaço para o entretenimento, informação e entre coisas para as quais a televisão foi criada.

Alguém avisa que ninguém é obrigado a trocar de canal e ver estes “pastores” pedindo o famoso dízimo na TV? Se quer ter programa religioso, que a igreja tenha o seu próprio canal.