Coluna: Séries de TV que até hoje permanecem vivas em nossa mente!

Quem em sã consciência neste meu Brasil nunca perdeu no mínimo uns míseros vinte minutos para acompanhar um episódio da sua série favorita? Impossível achar um indivíduo com esse pormenor nos dias de hoje! Graças a Deus, estamos vivendo um período em que a safra de seriados apresentados ao público tem em seu primórdio o apreço pela qualidade. Seja no roteiro, atuação, enredo, fotografia e efeitos especiais; condições essas colocadas em cheque a todo momento tanto pelo telespectador quanto pela produtora do conteúdo em si. Exemplos não faltam. São sucessos de crítica, que levam os fãs a loucura. Revenge, Arrow, Game of Thrones, Resurrection e Bates Motel são apenas alguns dos exemplos.

Mas de onde surgiu este formato?

Sua origem vem dos primórdios do século XIX, em que os folhetins de autores renomados da época passaram a ganhar mais notoriedade e, consequentemente, a serem publicados em periódicos, ganhando desta forma fama na comunidade aldeã. Cada capítulo, que posteriormente tornou-se episódio, apresentava um enredo diferente do anterior. Fato este que agradou a população por tratar-se de histórias divergentes, porém com pontos que as amarravam uma as outras. Não demorou muito para este modelo se propagar por toda a Europa e, subsequentemente, a América.

O próximo passo foi a conjugação dos textos para o rádio. Neste novo espaço, as obras eram adaptadas e passaram a chamar-se radionovelas. Seu realce multiplicou-se ainda mais. O tempo passou e o lançamento de uma nova mídia foi crucial para o nascimento do seriado. Surgiu a televisão.

Novas atualizações na área foram observadas, até que algo totalmente diferente e revolucionário eclodiu. Surgiu neste momento o primeiro seriado da história. Intitulado “I Love Lucy”, ele estreou no ano de 1951 e acompanhava o dia a dia de um casal e suas peripécias; interpretados pelos atores Lucille Ball e Deise Arnaz, que eram casados na vida real. Foi classificado como uma comédia familiar ou o popularesco sitcom, sendo desta forma o programa de fim de semana de muitas famílias nos Estados Unidos. Por lá, permaneceu no ar por quase dez anos e sempre manteve seus altos índices de audiência. Foi tão aclamado pelo público, rendendo inúmeras indicações ao Emmy, quando ganhou o título de melhor programa da televisão americana por muitos jornais dos EUA.

O Brasil atualmente aposta bastante neste formato e a duras cargas está conseguindo trilhar seu caminho. Porém, no passado, ainda órfãos deste tipo de produção, caímos nas graças de vários seriados estrangeiros, em especial da TV americana. Produzimos muito pouco. Rede Tupi, Globo, SBT, RedeTV, Band, Rede Record e Cultura exibiam com bastante frequência vários títulos.

Impossível esquecer-se de clássicos como A Mulher Biônica (1976-1978), Mulher Maravilha (1975–1979), O Homem do Fundo do Mar (1977–1978), O incrível Hulk (1978–1982), MacGyver (1985–1992), As Panteras (1976–1981), Hércules (1995–1999) e Xena, A Princesa Guerreira (1995–2001) que apostavam em uma fórmula simples: mesclar heróis e heroínas em muita ação, prendendo desta forma o telespectador.

http://www.youtube.com/watch?v=GC5b64lpUtk

http://www.youtube.com/watch?v=HliHiMQVenI

Outros seriados também se sobressaíram por mostrar o cotidiano de policiais e investigadores de polícia, que a todo custo frisavam a busca da elucidação dos casos de forma justa. Eram eles: ChiPs (1977-1983), Magnum (1980–1988) e Walker Texas Ranger (1993–2001).

http://www.youtube.com/watch?v=tW1tIpE95kc

Evidenciaram-se da mesma forma os sitcoms, que traziam uma leveza ao público do outro lado da telinha, em que os personagens envolviam-se em situações do cotidiano, porém de uma forma nada convencional. Eram eles: Chaves (1972–1992), Três é Demais (1987–1995), Um Maluco no Pedaço (1990–1996) e Friends (1994–2004).

http://www.youtube.com/watch?v=YgMGTFdWBKE

Para a criançada e os adolescentes, vários segmentos foram utilizados. Super-heróis, comédia, abordagem de temas pertinentes ao mundo juvenil, como Punky, A Levada da Breca (1984–1988), Blossom (1990–1995), Barrados no Baile (1990–2000), Power Rangers (1993–1996), Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira (1996–2003) e Buffy, a caça-vampiros (1997–2003).

Outra parcela dos telespectadores resolveram optar por tramas bem ecléticas, que na maioria das vezes mesclavam ficção com realidade. Famílias que fugiam do habitual com A Feiticeira (1964–1972), Jeannie é um Gênio (1965–1970), Alf, o ETeimoso (1986–1990) e Família Dinossauro (1991–1994).

Para aqueles indivíduos que gostavam de estar a frente dos outros, conhecimento nunca era demais. Séries que esbanjavam do gênero ficção científica: Jornada nas Estrelas (1966–1969), Poderosa Ísis (1975–1976) e Galactica (1980).

O mercado no Brasil também produziu histórias memoráveis: Os Trapalhões (1969–1994), Sítio do Pica-Pau Amarelo (1977–1986) – segunda versão e Mundo da Lua (1990).

http://www.youtube.com/watch?v=lTBe9znB1cM

E, para finalizar, o seriado que abusava de pouca roupa, mulheres em trajes minúsculos e praias paradisíacas. Lançou Pâmela Anderson de vez para o estrelato: o polêmico S.O.S Malibu (1989–2001).

http://www.youtube.com/watch?v=IuYrRebvFHc

Independente de gosto, é válido salientar que os seriados têm um papel importante na vida de nós, meros mortais, seja para entretenimento, convenção social, elucidação de dúvidas e tudo mais. São utilizados com frequência por docentes em sala de aula, pois, além de garantir o aprendizado do aluno, ajuda a compreender melhor denominado assunto. Querendo ou não, sei que, assim como eu, você também tem sangue “seriemaniaco”!

E você? Lembra-se de algum seriado de TV que marcou sua vida?

Colaborador:

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