Coluna: “Legendários”, de lendário só o nome mesmo

Coluna: “Legendários”, de lendário só o nome mesmo

ColunistaQuatro anos após sua estreia, o programa Legendários , da Rede Record, parece que finalmente encontrou o seu caminho, que não é o humor, e sim o “horror”. A atração, que já contou com quase 100% de ‘ex-MTV’ em seu elenco, apostou no humor e hoje não passa de uma copia ridícula e mal feita do antigo “Viva a Noite”.

Programa "Legendários"
Programa “Legendários”

Para começar, podemos já de cara analisar o nome do programa, algo de uma pretensão impar, talvez para saciar o pequeno ego do titular do programa, Marcos Mion, que em 2010 gritava para os quatro ventos um programa “inovador”, “uma nova linguagem na televisão” e ainda dizia que estava nascendo uma nova lenda. O que vimos foi simplesmente uma mistura de cópias de quadros consagrados de programas como “Pânico na TV/Band”, “CQC” e até o “Caldeirão do Huck”.

Durante estes anos o programa já sofreu alterações de dia e horário na Record, passou por baixas no ibope e hoje ocupa as noites de sábado, chegando até a incomodar constantemente o tradicional “Altas Horas” da Globo.

O antigo e talentoso elenco (Digo João Gordo, Léo Lins, Hermes e Renato, Felipe Solari, entre outros) foi jogado no lixo para apostar em piadas totalmente podres, sem graça, de cunho sexual e com apelações daquelas, com artistas da mídia, típico de programinhas que precisam manter a audiência para não saírem do ar.

Antigo elenco do programa, quase uma “MTV” na Rede Record
Antigo elenco do programa, quase uma “MTV” na Rede Record

Com tanto prestígio e audiência que Mion tem, é incompreensível que o programa se acomode em ser apenas um programa tosco de sábado a noite, com piadas velhas e repetitivas, mulheres seminuas e quadros sem criatividade nenhuma, que exponham anônimos ao ridículo e que, vez ou outra, turbinam a atração com a presença de algum artista de peso.

Eu mesmo fui acompanhar uma gravação do programa. Fiquei mais de 8 horas em um estúdio que mais parecia um forno. Nas primeiras 2 horas eu já queria ir embora, muitos erros, demora e mais: armações nos games apresentados, todos os ganhadores da edição que participei ‘combinados’ (como se fosse novidade). Juju Salimeni, metida, mal respondeu os elogios da plateia. A única convidada da edição que conversou com o público foi a Nanny People, mas ainda assim tínhamos artistas do próprio programa, como o Anão e o Blade, que conversavam e até fotos tiravam.

Eu acompanhando a gravação com a simpática Nanny People
Eu acompanhando a gravação com a simpática Nanny People

Marcos e seu “Legendários” podem muito mais que isso. Respeitado pelos colegas e amigo de muitos artistas, o apresentador consegue ir além da entrevista chata, atraindo grandes nomes da música nacional para seu palco com o intuito de debochar de momentos constrangedores de suas carreiras, afinal de lendário o programa não tem de nada para a televisão brasileira.

Quero agradecer as críticas à coluna e até o próximo sábado. Encontrem-me nas redes sociais, @Maxsody, e saiba mais sobre moda e televisão.

 

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