Coluna: Palmas para William Bonner
Para muitos, o bom jornalismo está morrendo, infelizmente, mas, com a série de entrevistas aos candidatos à Presidência, o jornalista, e dono da bancada do Jornal Nacional desde 1996, William Bonner mostrou que o jornalismo está vivo e pode ser ácido e questionador.
Ultimamente, a ascensão do jornalismo policial, muito criticado por um documentário estrangeiro sobre a TV Brasileira (Assista Aqui), chega a ofuscar o jornalismo informativo, questionador e direto.
Prova disso é a duração de programas como o “Brasil Urgente”, com Datena, o “Tá na Tela da Band”, com Luiz Bacci e o de maior apelo e sucesso, “Cidade Alerta”, com Marcelo Rezende.
Com a população descrente e insatisfeita com o cenário da politica atual, parece que Bonner e sua companheira de bancada, Patrícia Poeta, decidiram representar boa parte da população e encurralar os presidenciáveis, com perguntas fortes e que todos gostaríamos de fazer.
Foi esse bom jornalismo, imparcial e com credibilidade, que fez com que o “JN” recebesse a oitava indicação consecutiva ao EMMY (Oscar da TV mundial). Em 2011, o jornalístico recebeu o EMMY pela cobertura da retomada do conjunto de favelas do Alemão pelas forças de segurança do Rio.

Para concluir, deixo meus parabéns a Bonner, Patrícia Poeta e a todos que fazem um jornalismo sério, eficiente e verdadeiro, sendo porta-voz de um povo insatisfeito com a péssima realidade do país e provando que ainda existe espaço para o verdadeiro jornalismo, aquele que deixa quem tem pendências em situação desconfortável.
Já diria George Orwell: “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”.
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Texto/Twitter: Gabriel Augusto
Revisão: Raphael Padrão

