Coluna: Uma crônica na vila

Coluna: Uma crônica na vila

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Na sexta, dia 28 de novembro, uma chuva insistente não deixou nada seco em Belo Horizonte. Começou fraca por volta das 17 e desabou até às 20 horas. Sem táxi, sem ônibus, um trânsito congestionado pelo horário de pico, fiquei parado na rua debaixo de um guarda-chuva que não aguentava a força das águas caídas do céu. Molhei da escondida primeira escama do fio de cabelo da cabeça ao milímetro invisível da ponta da unha dos pés. Ensopado, fui caminhando para a Universidade, onde eu ainda teria de enfrentar outra tempestade: a das teorias. Lá, recebi uma desagradável mensagem pelo whatsapp: “o Chaves morreu”. Entendi a metáfora daquele momento: a chuva forte eram as lágrimas por causa da triste perda. Até as nuvens entenderam a infelicidade daquela morte.

Corri para o celular para verificar a veracidade do fato nas redes sociais, e a notícia já inundava as conversas virtuais. Roberto Bolaños havia falecido, aos 85 anos de idade, por complicações respiratórias e consequências do diabetes. Por dentro, fiquei magoado. Apesar de não ser um fã fanático do personagem, como telespectador sei da importante dele para a televisão mundial e para os milhões de seguidores dos bordões mais singelos da telinha. Perdemos um grande artista.

Começaram as homenagens nos telejornais, nos plantões, nas conversas dos bares, sobretudo, na Internet. Com certeza, não houve ninguém que não tivesse acompanhado ou sabido da fatalidade. Afinal, o Chaves está no imaginário de nós, brasileiros, que o acompanhamos há mais de 30 anos pelo SBT. E a despedida foi com criatividade. Atributo característico do ator e diretor que nos deixou e também dos papéis que o consagraram além das fronteiras do México. Bolaños, Chaves, Chapolim são apenas um, em muitas facetas. O criador se foi. O legado continuará por muitos anos. Sua arte fica impressa no carinho demonstrado por aqueles que dominam o desenho, nos traços inspirados pela genialidade de um mestre. Para demonstrar minha consideração ao menino que deixou vazio seu barril, compilei algumas charges que me emocionaram. A ele, a você, meus sentimentos.


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Até breve. Espero encontrar contigo nas redes sociais.

Juliano Azevedo

Jornalista e professor universitário. Chefe de Redação da TV Alterosa/SBT Minas.
Twitter e Instagram: @julianoazevedo
Instagram 2: @ondeeobanheiro
Blog: www.julianoazevedo.blogspot.com
E-mail: julianoazevedo@gmail.com

 

 

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