Após apoiar Bolsonaro, Jovem Pan tem prejuízo gigantesco com patrocinadores; veja o valor

Após apoiar de forma escancarada Jair Bolsonaro na disputa pela presidência do Brasil, a Jovem Pan colhe as consequências, em forma de prejuízos financeiros.
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A Intercept Brasil revelou emails trocados por um dos diretores da emissora, que consta no processo que o canal abriu, no Tribunal de Justiça de São Paulo, contra o Sleep Giants Brasil, movimento que incentiva as empresas privadas a deixarem de investir em canais de comunicação que propagam discursos de ódio.
Uma campanha contra a Jovem Pan foi criada, chamada #DesmonetizaJovemPan, que pede para que os patrocinadores deixem de investir na Jovem Pan.
“Ano passado, cinco pessoas morreram após terroristas invadirem o Capitólio para atacar a eleição. Recentemente, Brasília mostrou que seremos reféns de um novo Capitólio enquanto a Jovem Pan lucrar com discursos golpistas. Nos ajude a salvar a democracia”, divulgou o movimento.
Isso trouxe um prejuízo de R$ 837.747,28 para o canal. Só no mês de janeiro, a Toyota Brasil pediu a suspensão das propagandas já contratadas, dando um prejuízo de R$ 109.113,28 à emissora. A alegação é de uma norma interna da Toyota proíbe o vínculo com “qualquer veículo que esteja relacionado a escândalos, sejam eles de ordem políticas, discriminação, entre outros”.
Outra montadora de carros, a Caoa Chery também cortou as relações, mas sem qualquer justificativa, fazendo com que a Jovem Pan deixe de receber mais R$ 728.634,00.
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O diretor jurídico, em um email encaminhado aos advogados da empresa, lamentou o ocorrido.
“Vejam o tamanho do dano.”, escreveu.
Os advogados alegam no processo movido que a Jovem Pan é vítima de perseguição e achaque pelo movimento Sleeping Giants Brasil e pediram a remoção imediata de todo conteúdo utilizado na campanha #DesmonetizaJovemPan, solicirando também que a Justiça proibisse novos atos com objetivo de impactar as finanças da empresa, afastando “antigos, atuais e futuros patrocinadores”.