Jornalista sofre aborto espontâneo durante transmissão ao vivo e culpa ambiente de trabalho hostil

Lisa Guerrero revelou que, quando trabalhava na ESPN dos Estados Unidos, passou por um momento complicado e tenso ao sofrer um aborto espontâneo enquanto cobria uma partida de futebol americano.
Em seu livro, ela decidiu detalhar o ocorrido, que aconteceu em 2003, mas que foi mantido em segredo por ela, por ser vítima de comentários machistas no ambiente de trabalho.
“As pessoas que sabiam o que estava acontecendo com [meu chefe] Freddie e que liam como eu estava sendo tratada na mídia já olhavam para mim com pena. Eu era uma casca de mim mesmo. E senti tanta vergonha e constrangimento que a última coisa que eu iria dizer era: ‘Ah, e a propósito, acabei de sofrer um aborto espontâneo.’”, explicou à “People”.
Guerrero estava grávida de 8 a 12 semanas e, quando estava prestes a entrar no ar, sentiu que começava a sangrar. A primeira coisa que pensou foi que tinha menstruado, e então lembrou que estava grávida. Mesmo assim, decidiu fazer a transmissão.
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“A dor era excruciante. Pronunciei errado o nome de um jogador e sabia que ouviria reclamações por causa disso depois. Assim que o jogo acabou, corri para entrevistar um técnico. Então, fui ao banheiro. Assim que sentei na privada, não conseguia acreditar no sangue escorrendo de dentro de mim. Ele vazou até a minha calça, enfiei várias toalhas de papel dentro da minha roupa íntima”, relembrou.
Além disso, Lisa afirmou que o aborto foi por causa do estresse vivido por ela no trabalho.
“O aborto espontâneo não foi por causa do meu chefe, e não foi por causa de um apresentador de programa de rádio ou uma coluna ruim. Foi o ponto culminante de toda a temporada de negatividade e crueldade. Foi realmente cruel”, desabafou.