Record suspende parceria com Gugu Liberato por medo de processo

A Record decidiu suspender em pelo menos três meses o processo em que irá entregar a produção dos programas de Geraldo Luís, Rodrigo Faro, Sabrina Sato e Marcos Mion para a produtora GPP, de Gugu Liberato, visando reduzir custos.

De acordo com informações do colunista Daniel Castro, do Notícias da TV, a decisão, anunciada em reunião de cúpula pelo bispo Marcus Vinicius Vieira, hoje o principal executivo da emissora, por foi tomada após revés judicial com a terceirização da produção de novelas no RecNov, no Rio.

A Justiça Trabalhista determinou na semana passada a recontratação de 600 funcionários demitidos no final de 2015, após o término de “Os Dez Mandamentos”. O RecNov foi arrendado pela produtora Casablanca, que assumiu a produção de novelas e do programa de Xuxa Meneghel.

Segundo Daniel Castro, no caso de Gugu, trata-se apenas de uma paralisação, não de uma desistência da parceria. A Record já acertou com o apresentador, na renovação de seu contrato, que sua produtora irá assumir a produção dos programas de auditório gravados nos estúdios da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Para tanto, Gugu irá construir um novo estúdio na GGP, em Alphaville (Grande SP), e a Record irá equipá-lo em comodato.

O medo da Record é que a decisão do Rio de Janeiro possa influenciar a Justiça de São Paulo. No ano passado, a emissora demitiu cerca de 1.000 profissionais em São Paulo, mas o fez de forma discreta, a conta-gotas, sem caracterizar corte em massa. O sindicato dos radialistas de São Paulo, no entanto, vem combatendo o processo de terceirização, e o Ministério Público do Trabalho (MPT) segue observando o processo de perto. A Record quer evitar agora movimentações que possam gerar vitórias dos sindicalistas e do MPT na Justiça, causando danos ao processo de terceirização dos programas gravados em SP.