TV Goiânia: bastidores de uma emissora em crise de identidade
A TV Goiânia, antiga afiliada da Band e hoje ligada ao Canal UOL, tem sido alvo constante de comentários negativos de seus próprios funcionários e ex-colaboradores. Por trás do discurso oficial de inovação e proximidade com o público, circulam relatos de instabilidade, baixa valorização profissional e dificuldades estruturais que refletem no produto final exibido na tela.
Estrutura limitada
Profissionais apontam que a emissora sofre com salários considerados baixos e falta de investimento em equipamentos modernos. A diferença em relação às concorrentes locais — como TV Anhanguera (Globo), RecordTV Goiás e TV Serra Dourada (SBT) — é sentida tanto no ar quanto nos bastidores, reforçando a sensação de desigualdade.
Gestão instável
A TV Goiânia já passou por diferentes fases editoriais e societárias. Essa mudança constante de direção e de estratégias gera insegurança entre os funcionários, que muitas vezes não sabem qual será o futuro da emissora. “É como remar sem bússola”, descreveu um ex-colaborador.
Audiência em baixa
Apesar de conquistas pontuais — como o desempenho do programa Boa Tarde Goiás em 2022, que chegou a superar o SBT em determinados horários —, a TV Goiânia enfrenta índices modestos de audiência e raramente aparece entre as líderes na medição do Ibope. Essa realidade reforça a sensação de que o esforço de produção não recebe a devida recompensa em visibilidade.
Grade terceirizada
Outro ponto de insatisfação é a presença significativa de conteúdo terceirizado ou religioso na programação. Embora isso garanta receita, reduz espaço para jornalismo, entretenimento e produção local, desmotivando equipes que gostariam de oferecer uma TV mais competitiva.
Clima interno
Somam-se a isso relatos de rotatividade alta e falta de valorização profissional. Muitos jornalistas e técnicos enxergam a emissora como uma “passagem” em suas carreiras, e não como um lugar para permanecer e crescer.
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📌 Conclusão: A TV Goiânia vive um momento de crise de identidade. Entre tentativas de se reposicionar no mercado e o desafio de recuperar a confiança de seus funcionários e do público, a emissora precisa investir mais em estrutura, estabilidade e valorização profissional se quiser voltar a ocupar um lugar de destaque no cenário televisivo goiano.
