Coluna: “Liberdade, Liberdade” reacende a luta por justiça social no Brasil

Olá, queridos leitores! Na última quinta-feira, 31 de março, a TV Globo lançou para convidados e imprensa a sua mais nova aposta das 23 horas, a novela “Liberdade, Liberdade“. A convite da Globo, o “Bastidores da TV” esteve presente na coletiva de imprensa da trama escrita por Mario Teixeira, com argumento de Marcia Prates e direção artística de Vinicius Coimbra.
O evento foi realizado na Villa Riso, um casarão construído em meados de 1700, situado em São Gonçalo, Zona Sul do Rio de Janeiro. O ambiente escolhido foi de acordo com o tema da nova novela, com destaque principal ao salão da casa, desde a mobília clássica, até os tapetes clássicos, flores desidratadas e os detalhes em louça branca, ferro e cobre, além da comida ter sido de acordo com a culinária mineira. Um espaço pensado para retratar como os europeus impuseram seus costumes no Brasil, sem deixar de lado o modo de vida mineiro.
Inspirado no livro ‘Joaquina, Filha do Tiradentes’, de Maria José de Queiroz, a história de Mario Teixeira se desenvolve. “Liberdade, Liberdade” não se resume a história do mártir Tiradentes ou a sua morte, mas o que desencadeou o triste acontecimento a sua filha, Joaquina, interpretada por Andreia Horta.

Além disso, a história ganha força pela luta dos rebeldes que não aceitam os mandos e desmandos da Coroa Portuguesa no Brasil Colônia, mostra também, tabus sociais que eram vistos desde os primórdios, como a homossexualidade, a violência desenfreada contra os menos desfavorecidos, a prostituição e a escravidão.
Entenda sobre a história de “Liberdade, Liberdade”:
Na região de Vila Rica, cidade ficcional onde se passa a trama, Joaquina perde o pai, Tiradentes (Thiago Lacerda) e sua mãe Antônia (Letícia Sabatella). Por compaixão é criada por Raposo (Dalton Vigh), um homem favorável aos rebeldes, que foge para Portugal com a ajuda de Virgínia (Lilia Cabral), dona do cabaré da cidade, uma mulher inteligente e sagaz, vista pelos rebeldes como uma das suas principais aliadas.
Após anos longe da sua terra natal, Raposo e Joaquina, agora chamada de Rosa, para despistar a sua real identidade daqueles que ainda perseguem a única descendente de Tiradentes, retornam ao Brasil junto com a família real, que fugirá de Napoleão Bonaparte.
Raposo deixou de lado suas vontades e opiniões políticas contra a família real e criou raízes em Portugal. Graças a coroa conquistou riquezas e se tornou um fidalgo. Trará consigo, além de Joaquina/Rosa, Bertoleza (Sheron menezzes), negra alforriada criada como filha pelo fidalgo. No Brasil, será vista com indiferença por ser a única negra alforriada na região, e André (Caio Blat), filho biológico de Raposo. Sobre o personagem de Caio Blat, André esconde a sua homossexualidade a família e sociedade. Algo que na época era inaceitável e garantia de pena de morte.
Para apimentar ainda mais o tema, o Capitão Tolentino, que será interpretado por Ricardo Pereira, também será um homossexual reprimido. Ele não aceitará a sua opção sexual, e diferente de André, acabará se mostrando um homem extremamente violento. André e Tolentino viverão um romance as escondidas.
Com a sua chegada ao Brasil, Raposo e sua família ficarão em sua fazenda, comandada pela sua irmã Dionísia (Maitê Proença), uma mulher ambiciosa pela sua posição social, mas que terá o segredo de se envolver com um escravo, o Salviano (David Junior). Salviano por sua vez, se envolverá as escondidas de Dionísia com Luanda (Heloísa Jorge), que também trabalha na fazenda.

O grande vilão da história será Rubião, interpretado por Mateus Solano. O rapaz, responsável por entregar a cabeça de Tiradentes ao Capitão Tolentino, será também o assassino de Antônia. Anos depois, Rubião se torna intendente de Vila Rica. Com a chegada de Rosa, Rubião se apaixonará pela destemida mulher, sem saber que ela é filha de Tiradentes e Antônia.
José Maria Rubião ainda esconderá da sociedade ser filho de Virgínia, dona do cabaré da cidade, por não admitir que uma rameira seja a sua mãe. Ele terá um irmão cego, Ventura (Vitor Thiré), que se envolverá com Bertoleza, sem saber que ela é negra. Ainda sobre Rubião, o vilão terá um relacionamento mais íntimo com a governanta de sua casa, Anita (Joana Solnado).
Triângulo Amoroso de “Liberdade, Liberdade”:

Um dos principais conflitos em “Liberdade, Liberdade” será a disputa pelo amor de Xavier (Bruno Ferrari), entre Rosa (Andreia Horta) e Branca (Nathalia Dill).
Branca espera o dia que Xavier, homem prometido para se casar com ela, volte dos seus estudos da Europa. Foram seis anos distante do amor da sua vida e imagina que o seu sonho de menina seja realizado com o seu retorno. Quando Xavier retorna ao Brasil, o rapaz se encanta pela beleza de Rosa e ela fica admirada pelos ideais liberais e de justiça defendidos pelo jovem, ideias que ela também alimenta desde a morte de seu pai. A partir disso, nasce o amor de Rosa e Xavier, e paralelamente, nasce a raiva de Branca por Rosa. A vilã fará de tudo para vencer a batalha contra Rosa e conquistar o amor de Xavier.
Podemos esperar mais uma grande produção da TV Globo em “Liberdade, Liberdade“. Na coletiva, a emissora apresentou aproximadamente 9 minutos de arte da novela que estreia no próximo dia 11 de abril, próxima semana. O que foi visto pelos convidados e imprensa foi uma qualidade impecável de imagens e atuação dos atores, além da direção minuciosa nas cenas exibidas. Ficou clara a harmonia de toda a equipe no novo projeto.
Sem dúvidas, será o mais novo sucesso das onze. “Liberdade, Liberdade“será uma novela impactante, dinâmica e que reacenderá tabus sociais, não na época atual, mas em meados do século XVIII, para mostrar que as injustiças que presenciamos hoje são propagadas há séculos.
Confira o vídeo: