Coluna: O sensacionalismo “Tá na Tela da Band”

Essa semana finalmente estreou o programa do Luiz Bacci chamado “Tá na Tela da Band”.
Mesmo com todos os investimentos e bons profissionais o programa foi uma decepção completa.
Desde que o Luiz Bacci saiu da Record ele dizia que aceitou a proposta da Band pois ela ofereceu um programa de auditório com jornalismo mas com predomínio de entretenimento. As próprias chamadas faziam acreditar que o Bacci faria um programa com moldes do “Encontro com Fátima Bernardes” e com um pouco do formato do “Programa do Ratinho” com “Domingo Show”. Mas virou um programa sensacionalista.


No começo eu pensava que a Band iria colocar o Tá na Tela no horário nobre depois do Show da Fé, levantando os péssimos índices que o R.R Soares entrega para os programas noturnos seguintes. O que parecia provável pelas mudanças de horário nas atrações da Band como atrasar programas como CQC, Reprise do Pânico na Band, A Liga e o Polícia 24 Horas (passando a começar as 23h). Assim pensava-se que o Menino de Ouro iria ter um programa noturno que seria exibido as Segundas, Terças, Quintas e Sextas (já que Quarta tem Futebol na Band e nos dias que não teria Futebol nas Quartas, a Band passaria uma edição especial do programa com duração de 2 horas e meia) as 21:20h da noite até às 23h da noite. Seria tipo um “Boa Noite Brasil” (programa feito pelo Flávio Cavalcante e Gilberto Barros) com Luiz Bacci.

Na verdade a Band decidiu que o programa seria para o horário das tardes para alavancar a audiência para o Datena. Colocar no horário noturno além de ficar em um horário de maior “share” ainda possibilita que o programa tenha um sucesso comercial maior já que terá um portfólio maior de anunciantes.
Agora vamos para a crítica. O programa foi muito sensacionalista e desorganizado.
Nos 30 minutos iniciais do programa cerca de 10 assuntos diferentes foram abordados sem uma preparação.
O programa abusa muito de imagens fortes, casos de violência, perseguições policiais e histórias fortes ou emocionais.
A plateia não foi usada (se tem plateia é necessário que haja uma interação entre o apresentador e os espectadores que estão no estúdio). Somente apareceu para mostrar caras e bocas sobre o caso de um milagreiro que fazia cirurgias religiosas sem usar anestesia e higiene.

E foi tanta matéria na estreia que o público tem certeza que os próximos sofrerão com falta de assunto.
Estou com a percepção que a Band pensa em tirar o Brasil Urgente aos poucos e com isso dar mais tempo para o Programa do Bacci. Assim o Datena finalmente irá realizar o seu sonho: sair dos programas policiais. Já chamam o Tá na Tela de “Brasil Urgente” Primeira Edição.
Sem Mais
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