Opinião: A falta que o humor de Tom Cavalcante faz na TV aberta

Em pleno 2014 e não temos nada de humor, diga-se de passagem digno nas emissora de TV em cadeia nacional. É um deixa pra lá, e uma falta de vontade de criar, que acabou por desnortear de vez o ânimo de quem cria e vende personagens distópicos para estações de TVs. Vivemos a época das vacas magras neste âmbito – onde a perda de grandes humoristas, não foi suprida efetivamente pela nova levada.
Chico Anísio, Os Trapalhões, os saudosos protagonistas da “Praça da Alegria” e a sua posterior pupila – “A Praça é Nossa”, entrando na mistura até o ultrapassado “Zorra Total” (em sua época de ouro). Presentemente o que temos de bom neste quesito disponível para a grande massa? Não é preciso nem pensar muito… A fuga para a TV fechada trucida as eventuais discordâncias.
Em controvérsias e especulações, é possível falar sem medo de errar que o futuro apesar de desmotivante pode sim mudar seu curso – na mesma proporção que temos que acreditar no talento de alguns comediantes desta nova geração, que podem sim vir a se destacar. Tendo como armas a seu favor, uma multidão de fãs que usam a internet para divertir-se, mesmo intuito consequente dos “mestres” do humor viral. Canais como: “Porta dos Fundos”, “Galo Frito” e “Parafernalha” são apenas alguns exemplos.

Porém fugindo sempre a regra, onde trabalha com um estilo respeitoso e muito bem adequado a realidade temos Tom Cavalcante. E parece que o ditado tornou-se mesmo realidade, infelizmente – “Tudo o que é bom, dura pouco” – na realidade não “durou” tão pouco, Tom tem mais de 20 anos de carreira somente na TV. Em seu currículo sucessos como: “A Escolinha do Professor Raimundo” – onde interpretou João Canabrava. “Sai de Baixo” desta vez como o porteiro Ribamar e posteriormente seu programa solo na Rede Record, o “Show do Tom” seu último grande projeto na TV.
A pergunta que eu, você e o público de modo geral fica consternado em falar é a seguinte: “Como um humorista deste calibre ainda não engatou um empreendimento na TV aberta?”. A resposta é simples, quem em sã consciência iria entregar-se para um império que está prestes a ruir? Poucos! Afinal é preciso muita mão de obra para reerguer as pilastras.
Tom encontrou no exterior o que o Brasil não lhe pode proporcionar. Dedicado, viu oportunidades, está estudando e possivelmente veremos seu nome dentro de alguns anos em destaque na imprensa internacional. Fez da farinha um bolo, e soube revender, alma de brasileiro que soube se reinventar.
Contudo é inegável a falta que ele faz, traz consigo um modo diferente de entreter sem transparecer antipática ou robotomia. Realmente estuda afundo suas “paródias” e personagens originais. Tendo como triunfo a seu favor a minuciosidade e o detalhamento em cada personagem que trabalha.
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