Coluna: Da discussão nasce a reprise – Vale realmente a pena ver de novo?
Beleza pessoal! Tudo na boa? Enfim quarta-feira \o/ Happy! Graças a Deus estamos na metade da semana, força que o fim de semana já está batendo a porta. Pois bem, chegou a hora de mais uma estória do Benevides e como já sabem, o meu compromisso é transcrever as palavras do Benê. Obrigado a todos que acessaram a coluna da semana passada sobre o desfecho da vingança da Letícia Padilha Solis. Só tenho a agradecer por ter leitores que além de acessarem, empenham-se em divulgar e compartilhar com os amigos as estórias do Benê. Valeu!
Continuando… Como disse o leitor @kennedychris14 (registrei a frase em cartório, marca autenticada… risos), “Quarta-feira é dia de futebol e das estórias do Benê, compromisso marcado!”. Hoje o Benevides voltou de férias, também… Duas semanas de descanso é demais, não acham? A mamata acabou! Hora de voltar a ralar. Podemos seguir né produção? – Ok, entendido. A ordem é falar sobre as escolhas de reprise da Globo, no vale a pena ver de novo. Let’s go!
Não conseguiu acessar o texto da coluna passada? Não se preocupe, eu lhe perdoo. Mas desde que você o acesse, clicando AQUI.
Lembrando que as notícias postadas nesta coluna não condizem 100% com a realidade. Mas, por conta disso, não emburre. Desfaça este semblante carrancudo e abra o sorriso lindo que você tem. Venha se divertir comigo, lendo uma boa crônica. Sigam-me os bons!
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Nunca fui de ficar ouvindo atrás da porta, meu assunto >>> (meu mundo) e do mesmo modo que eu presava pela minha privacidade eu respeitava a dos demais. Porém recém-contratado, garoto do interior, humilde e sem falta de noção. Entro na sala de reuniões do complexo Globo de comunicações para cumprir com minha função – deixar o banheiro limpo e sem mal cheiro. Meu erro? – Enrolar demais nesta simples tarefa e perder a noção do tempo. Assim o resultado não poderia ter sido outro, fiquei trancado no micro cubículo. O bom que a desgraça desencadeou um outro lado meu, o Benevides fofoqueiro.
O ponteiro do relógio girava, girava e parecia ficar no mesmo lugar, brincando com a minha cara. A fome já não tinha mais sensação e sim vida própria, a barriga roncava tanto que cheguei a pensar que o santo da sinfonia de Beethoven tinha baixado. Sem perspectiva, relaxei, posição de cócoras encostado na parede. Tirei um cochilo, acordei e nada de alguém chegar para me socorrer. O cabeça de vento para piorar tinha esquecido o celular no armário de funcionários. O desfecho ao que tudo indicava caminhava para algo não tão agradável.
A porta abriu, olhei pela buraco da fechadura (sem sucesso), o vão da porta (muito menos). Conheci a voz, um dos diretores de programação da vênus platinada. Meu coração gelou! Se ele me pegasse ali dentro seria demissão na certa. Pensei: “Melhor eu ficar quieto, descobrir algum podre e caso ele venha depois com a ideia de me mandar embora, eu revido”. É preciso combater a doença com remédio. Posicionei-me, liguei o alto falante auricular e pus-me a burlar as normas éticas que aprendi na escola.
Quantos eram eu não tinha certeza, só sei que a reunião estava fervendo. No começo todos pianinho, ao lerem a pauta discutirem, discutirem e discutirem a coisa começou a ficar mais quente. A troca de farpas e ego estava excruciante, no limite. E eu estava adorando (risos). Dos males o pior. Derrepente as mãos do chefe batem histericamente na mesa, sua voz altiva resplandece e inunda o ambiente. Ouço depois de vários minutos novamente a paz. Se restabelece, respira e solta a seguinte frase: “Vivemos em uma democracia, portanto vamos escolher em consenso a próxima reprise do vale a pena ver de novo” – Alguma objeção?
(Diretor 1):
“Acredito que pelo histórico a melhor opção seja uma novela do Walcyr Carrasco. Baseado no meu conhecimento apostar no incerto é perigoso, e por isso não quero correr esse risco. Voto em “Chocolate com Pimenta”, “O Cravo e a Rosa” ou “Alma Gêmea”.
(Diretor 2)
“Walcry sem dúvida. O ciclo vicioso dele mal começou”.
(Diretor 3)
“João Emanuel Carneiro, o feeling dele é positivo. A escrita pouco importa”.
(Diretor 4)
“Foi campeão de audiência com “Avenida Brasil”, quero ver outra novela dele, mas o Walcyr manda muito bem… Quer saber? Pode ser qualquer um, tanto faz!”.
As risadas recomeçaram, sinal de que a reunião tinha chegado ao fim e o assunto sido resolvido. O chefão deu mais um recado antes de sair e me deixar trancado no banheiro claustrofóbico: “Então na última semana a gente ponha o nome de cada novela no papel e sorteia, mas tem que ter somente os nomes do Walcyr e João Emanuel Carneiro. Ok, cambada?”
E não foi que deu certo, depois de “Caras e Bocas” qual novela entrou… Nem preciso falar mais nada. Ah, e para os que se preocuparam comigo, estou bem. Consegui sair pela manhã, na hora que o zelador vem abrir todas as portas. Tava azul de fome. Mas sobrevivi, e agora tenho todos na minha mão.
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