Coluna: O cenário político após a morte de Eduardo Campos

Infelizmente o Brasil perde um grande candidato para as Eleições.

Pai de cinco filhos. Marido. Filho. Neto do político Miguel Arraes. Economista. Ex-Governador de Pernambuco por dois mandatos. Ex-Ministro da Ciência e Tecnologia durante o Governo Lula. Presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Morre Eduardo Campos. Em um acidente de avião na cidade de Santos.

Pessoalmente eu considerava o Eduardo melhor que o Aécio Neves. O Ranking Políticos considerava o Eduardo como o melhor candidato desta disputa. Com 60 pontos a menos estava o Aécio. Mas eu votaria no Aécio pelo fato dele ter uma estrutura maior para fazer um bom governo como um número maior de deputados e senadores. E com mais de 200 pontos atrás estava a Dilma na lama.

A morte do Eduardo Campos mudará muita coisa nas Eleições e no PSB. Já que ele era o principal político do PSB após a saída do Ciro Gomes e do Cid Gomes que migraram para o Pros.

Em primeiro lugar há duas possibilidades envolvendo o PSB: se Marina vai ou não assumir o lugar do candidato que faleceu. Nunca se sabe. Se ela não entrar no lugar do Campos. Quem iria apoiar nessas eleições? O PSDB ou O PT

É quase impossível ela apoiar o PT. O PSB rompeu com o PT e a Marina está profundamente magoada com o PT pelo fato de eles terem feito lobby para impedir o surgimento de um novo partido, a Rede Sustentabilidade. Depois desse lobby, ela se aliou com o Campos.

Se ela entrar, sabemos que ela tem chance de repetir um desempenho espetacular nas Eleições Presidenciais. Não iria para o Segundo Turno pois iria concorrer com o candidato do PSDB que já tem o seu público cativo e com o Pastor Everaldo (do PSC) e que concorre com um público que ajudou a Marina a chegar aos 20 milhões de votos: os evangélicos.

O segundo turno nesse momento é inevitável. Marina, Aécio e Everaldo são bons candidatos que podem roubar muitos votos da “Presidenta” Dilma Rousseff.

O incerto envolve as alianças depois do primeiro turno.

O Pastor Everaldo tem um projeto de governo parecido com o do Aécio Neves. Os dois já se encontraram diversas vezes e tem uma amizade.

Além disso o Everaldo é um grande crítico do Governo Dilma e tem muita coragem para defender as privatizações (que trouxeram muitos benefícios ao Brasil como na área das telecomunicações), a diminuição da maioridade penal e um combate mais severo envolvendo as drogas ilícitas.

E também rompeu com o governo federal após os problemas envolvendo o Pastor Marco Feliciano na Presidência da Comissão dos Direitos Humanos em que o PT apoiou a ida do Pastor e depois decidiu boicotar o Presidente.

Então há uma tendência a um apoio ao Aécio Neves no caso de um Segundo Turno.

Já a Marina é muito provável que ela não vai apoiar o Partido dos Trabalhadores. Mas ela pode ficar neutra como ocorreu em 2010.

Aí isso iria beneficiar a Presidenta Dilma já que os votos da Marina iriam para o PT pelo histórico da Candidata.

Concluindo quero mandar minhas condolências para a família do Eduardo e dizer que a morte dele é uma facada para o ressurgimento da política brasileira com candidatos jovens, idealistas e com um desejo maior de mudanças reais e bem feitas. E não mudanças bagunçadas.

E é preciso coragem para mudar o Brasil. E mais coragem ainda para fazer isso e enfrentar o PT.

Sem Mais

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