“Fofocalizando” completa três anos no SBT, mas ainda necessita dar motivos para sua existência

Lançado em 2016 como “Fofocando” e depois rebatizado como “Fofocalizando”, exatamente em 23 de janeiro de 2017, com inúmeras mudanças, desde o elenco até a direção, o programa continua na grade do SBT, numa fase estável em audiência. Após um longo período perdendo para a rival Record TV, a atração vem disputando ponto a ponto a vice-liderança nas últimas semanas. Apesar de desempenho satisfatório, o “Fofocalizando” completa três anos no ar sem até agora mostrar por qual razão foi criado e ainda permanece no ar.
A atração que já foi comandada por Décio Piccinini, Léo Dias, Leão Lobo, Lívia Andrade e Mamma Bruschetta, recentemente passou por novas mudanças, a fim de rejuvenescer. Chris Flores e Lívia Andrade passaram a dividir o comando, tendo o retorno da dispensável Mara Maravilha como parte do elenco. Apesar das polêmicas renderem mídia, nada alterou o desempenho de audiência. Enquanto o fenômeno “A Hora da Venenosa” se consolidou em todo Brasil, não somente na Record TV SP, justamente por fazer o oposto: equipes sintonizadas e com empatia tanto entre o elenco como com o telespectador. Já o “Fofocalizando” tropeça no mesmo erro do “Se Joga” (Globo), um fiasco justamente pela falta de química entre os três apresentadores, além de quadros e conteúdo muitas vezes desnecessários.

Se de um lado as notícias do programa de fofocas do SBT repercute mais do que as dadas pelas concorrentes, ainda há um entrave: o mais importante é a informação ou integrantes da atração tentando causar polêmicas desnecessárias e muitas vezes querendo aparecer mais do que a notícia? Lívia Andrade, Mara Maravilha, Leão Lobo e Gabriel Cartolano hoje estão responsáveis pela atração. Chris Flores só retorna ao programa após a gravação da nova temporada do reality “Fábrica de Casamentos”. A saída de Léo Dias para a RedeTV! também não afetou a audiência até o momento, porém sua falta é sentida principalmente na linha editorial. Ele era a principal fonte de exclusivas do programa. O desafio desde então é a emissora preencher essa lacuna com uma nova contratação, até mesmo para que a atração também tenha conteúdo inédito diariamente.
O desempenho de audiência e faturamento do “Fofocalizando” nestes primeiros meses de 2020 certamente será decisivo para sua continuidade ou sua extinção. O SBT não pode apenas contar com o fraco desempenho das principais concorrentes para se dar bem. Um telespectador fiel só é conquistado com qualidade, sinergia e identidade própria.
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