Coluna: MMA é destaque na TV Aberta

Eu não tenho filhos, mas vi o nascimento da minha afilhada, cujo parto até ajudei a fazer. Foi a cena mais emocionante que vivenciei nas minhas três décadas de vida. Emoção também é participar da gestação de um programa de TV, já que o tratamos como um rebento. Da concepção da ideia até a ida ao ar, é tudo empolgante. No dia 21 de janeiro de 2012, a TV Alterosa/SBT Minas exibiu a primeira edição da atração que retrata o esporte que mais cresce no mundo, o Mixed Martial Arts, que, traduzindo, significa artes marciais mistas. Na boca do povo, o MMA.
O Gerente de Jornalismo da Alterosa, Ricardo Carlini, é um entusiasta da modalidade. Passa madrugadas acompanhando as lutas, de todos os campeonatos internacionais e nacionais. Conhece atletas, dirigentes, empresários. Twitta notícias o dia inteiro. Esse amor ao MMA, ele transformou em um programa de televisão. Criou o primeiro e único da TV aberta brasileira, exibido aos sábados, há exatos três anos. Para apresentá-lo, apostou no talento da jornalista Isabel Guimarães, depois que ela surpreendeu na cobertura do UFC Rio 2. Ela já gostava também do assunto, mas superficialmente. Mais como fã do que como especialista. As entrevistas daquele dia, que seriam apenas uma reportagem, foram o piloto para a estreia do programa. Isabel virou fera. E passou a dominar o octógono jornalístico. Para comemorar este momento, é ela quem dá o recado para esta crônica. O cinturão é seu, Isabel:

“De todos os ‘conselhos’ que ouvimos, um dos mais certos para mim é ‘acredite sempre’. Um dia fui chamada até a sala do Gerente de Jornalismo da TV Alterosa, Ricardo Carlini, e recebi a seguinte proposta: ‘Vamos fazer um programa de MMA, o primeiro da TV aberta brasileira’ Embora eu já acompanhasse e adorasse o esporte, minha primeira reação interna foi: ‘meu Deus, será que eu posso?’
A experiência e certeza do Carlini em me pôr à frente desse novo produto me tranquilizaram. Ele sabia. Eu acreditei. Acreditei que os mineiros abraçariam esse esporte. Acreditei que o futebol não é a única modalidade digna de cobertura. Acreditei e, como os lutadores de MMA, fui para o octógono jornalístico. Tive todo o aparato de uma equipe, meus ‘treinadores’ Vinícius Delfim e Fernanda Pádua. E tive um público: o mais fiel que conheci. O MMAlterosa cresceu junto com o esporte em Minas. Esteve e está nos menores e maiores eventos do planeta. A atração nunca escolheu uma cobertura. Escolheu incentivar as artes marciais mistas, em quaisquer iniciativas.
O MMAlterosa viu atletas crescerem e saírem de Minas Gerais para brilharem nos cages mais famosos do mundo. Nós acreditamos neles desde o início. Nós acreditamos no programa desde o início. E o público acreditou na gente.
Por isso, depois de três anos, só posso agradecer pela confiança. Acreditar é confiar. Então, continuem acreditando no MMAlterosa sempre… Porque, certamente, junto com o público e com quem faz a história das artes marciais, nós vamos confiar que o esporte que mais cresce no mundo tem, obrigatoriamente, de passar por Minas Gerais e, claro, pela tela da TV Alterosa.”
Emocionante ler as palavras de uma mãe. De uma garota que se dedica ao filho diariamente. Aprendeu até a lutar Muay Thai. Carlini comemora, vibra, torce, pensa pautas, relembra lutas memoráveis, faz apostas em possíveis campeões. Ensina. E eu fico nos bastidores. Liberando viagens, analisando traslados, escalando equipes. No jornalismo é assim: um dia é trabalho, no outro já vira paixão. Esta crônica de poucas linhas é para comemorar os três anos do filho que vejo crescendo em conteúdo eem audiência. Parabéns MMA Alterosa.
Um carinhoso abraço do
Juliano Azevedo
Jornalista, Escritor e Professor na Faculdade INAP.
Chefe de Redação da TV Alterosa/SBT Minas.
Mestrando em Estudos Culturais Contemporâneos, pela Universidade FUMEC.
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