Opinião: Chega de hipocrisia – O telespectador brasileiro, gosta sim de barraco!

Opinião: Chega de hipocrisia – O telespectador brasileiro, gosta sim de barraco!
barraco
Formatos televisivos que aderem ao formato “barraques” de forma explícita ou implícita

Não me venha falar que nem ao menos uma vez você assistiu, ou participou de um barraco! É praticamente impossível, afinal de contas vivemos em sociedade e tal ato ocorre onde há divergência de opiniões. A não ser que vivamos em uma bolha, totalmente reclusos ao contato humano. Pondo em miúdos, a segunda opção é praticamente inviável, dadas as circunstâncias.

O que vemos na TV é o reflexo do nosso cotidiano, talvez não o seu, nem o meu, mas de forma generalizada. Então apostas em formatos que incitam a discussão e o contato humano, seja por um prêmio ou apresentação de conceitos tendem a forçar a linha conceitual do “apropriado”, rompendo e gerando críticas, recriminações, ou simplesmente o vulgar: barraco.

Programas neste estilo circulam facilmente na TV aberta e fechada, garantem audiência, na mesma proporção que podem afastar particionadores, por conta do apelo empregado. É uma faca de dois gumes. Onde a aposta, pode custar caro. O telespectador mais conservador recrimina formatos deste molde, alegando falta de propósitos e conteúdo realmente necessários para o coletivo. Em dimensão oposta há consumidores que aderem a determinado programa justamente por conta das brigas e discussões apresentadas, visto pelo telespectador como atrativo distrativo, e que embora de certa forma “alegrem”, não fazem parte do seu círculo diário. A velha história: “Gosto de ver reality por causas dos barracos, mas na minha vida, não quero nada disso”.

http://www.youtube.com/watch?v=bKHJMZ2f-uw

Embate entre Lu Schievano e participantes da Fazenda 6 

O Casos de Família apresentado por Christina Rocha é o exemplo vivo. Garante audiência, tem seu público fiel e abusa do barraco. É popular mesmo, sem medo de errar. A frente do programa, Christina mostra-se uma mulher forte, decidida e disposta a debater de forma justa os casos exprimidos, mesmo que seja necessário uma vez ou outra dar um puxão de orelha mais forte em determinado participante. É simples e irracional, na mesma hora que é prestativo e afável.

Christina debatendo com participante do extinto “Quem Convence Ganha Mais”

http://www.youtube.com/watch?v=Wb6FTUAZMmE

Discussão no programa “Você na TV”

Realitys de confinamento em geral, tais como: A Fazenda, Big Brother Brasil, No Limite, A Casa dos Artistas. Temática fortemente associada também a programas do gênero “telebarraco”: Casos de Família (já citado), Caso Encerrado, Quem Convence Ganha Mais e Você na TV. Por fim em atrações como: novelas e seriados. Atualmente quase nada escapa. Vemos os sentimentos reprimidos, sendo expostos de forma explosiva.

Barracos no BBB

Ser conservador é uma coisa, hipócrita é outra totalmente diferente. Não gosta do que está diante dos seus olhos? É simples pegue o controle e mude de canal. Agora assistir e fingir atestar uma opinião que realmente não se adapta a sua, é coisa do século passado. A palavra respeitar, ainda não saiu de moda, nem ao menos está de férias, usá-la e o melhor caminho.

 

E você caro leitor (a), concorda com as palavras dissertadas acima?

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